Vereador licenciado do PSDB ficou 23 dias preso por chefiar escândalo de corrupção
Réu por chefiar esquema de corrupção em Sidrolândia – cidade a 70 km de Campo Grande -, o vereador licenciado do PSDB de Campo Grande, Claudinho Serra, pediu autorização judicial para antecipar a retirada da tornozeleira eletrônica.
O tucano usa o dispositivo de monitoramento eletrônico desde que saiu da prisão, onde ficou 23 dias atrás das grades sob acusação de comandar a corrupção em Sidrolândia. Assim, está usando a tornozeleira há 166 dias.
O advogado do parlamentar, Tiago Bunning, alegou que Claudinho cumpriu todas as medidas cautelares impostas pela Justiça como forma de não ficar atrás das grades.
Portanto, o prazo de 180 dias determinado pela Justiça irá se encerrar em 17 de outubro, mas como alega que seu cliente cumpriu todas as exigências, pede: “requeremos que seja deferida, desde logo, a retirada de tornozeleira antecipada ou subsidiariamente que se determine sua retirada no dia 17/10/2024”.
Serra ficou detido por 23 dias e virou réu no processo acusado de chefiar esquema de corrupção na Prefeitura de Sidrolândia.
Claudinho Serra recebeu liberdade mediante uso de tornozeleira eletrônica, toque de recolher e de outras medidas cautelares em 26 de abril. Desde lá, Serra apresentou um atestado médico de 30 dias por “abalo psicológico” e emendou com uma licença para tratar de assuntos particulares por 120 dias.
Fora da corrida eleitoral
Claudinho Serra não tentará a reeleição em 2024. Tratado como pupilo de lideranças tucanas nas últimas eleições, Claudinho havia conquistado apenas 3.616 votos, ficando só com a 2ª suplência do PSDB. Só assumiu uma cadeira após manobras do partido.
Primeiro, com o titular do mandato, João Cesar Mattogrosso, assumindo cargo no governo do Estado. Assim, o 1º suplente, Ademir Santana, foi chamado. Depois, o vereador João Rocha assumiu também um cargo no governo. Então, Claudinho assumiu como suplente em maio de 2023.
Por fim, conseguiu o mandato em definitivo quando Ademir Santana renunciou ao cargo alegando que deixava a vaga para a qual foi eleito para se dedicar à campanha eleitoral do PSDB. Ademir renunciou e entregou a vaga para Claudinho um mês antes da deflagração da Operação Tromper.
Comandou esquema de corrupção em Sidrolândia
O parlamentar é ex-secretário de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica de Sidrolândia. Está implicado nas investigações da 3ª fase da Operação Tromper, deflagrada pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) com apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado).
Claudinho Serra e outros 21 viraram réus, em 19 de abril, após o juiz da Vara Criminal da comarca de Sidrolândia, Fernando Moreira Freitas da Silva, aceitar a denúncia apresentada pelo MPMS.
Investigações do Gecoc e delação premiada do ex-servidor Tiago Basso da Silva apontam supostas fraudes em diferentes setores da Prefeitura de Sidrolândia, como no Cemitério Municipal, na Fundação Indígena, abastecimento da frota de veículos e repasses para Serra feitos por empresários. Os valores variaram de 10% a 30% do valor do contrato, a depender do tipo de “mesada”.
Com a informação o Midia Max.