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Allyson Leguizamon

Favoritos nas pesquisas adotam estratégias diferentes para conquistar os eleitores da Capital

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Buscando uma vaga no segundo turno, candidatos apostaram em estratégias divergentes para conquistar o eleitor de Campo Grande
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Adriane se mantém na defensiva e foca nos trabalhos da gestão, Beto traz PF como trunfo e Rose ataca “ficha suja”

Tomara que o eleitor que viu o último debate dos candidatos à Prefeitura de Campo Grande pela televisão tenha se feito acompanha pelo celular. Porque o que não faltou foi concorrente falando em “subir informações na rede social” ou sugerindo pesquisar temas na internet.

No último confronto, a prefeita Adriane Lopes (PP), como era de se esperar, foi a mais procurada pelos adversários. Ela repetiu que recebeu uma cidade endividada, sem dinheiro, com o nome sujo e que dois anos foi pouco tempo. Contudo, acabou constantemente lembrada que esteve seis anos na gestão de Marquinhos Trad (PDT), que era prefeito e ela vice.

A primeira a “refrescar” a memória de Adriane foi Camila Jara (PT). A candidata petista citou que Adriane estava ao lado de Marquinhos e ironizou de que agora a candidata do PP trai o padrinho político. “Assume que esteve ao lado do Marquinhos”, disse Camila.

Depois, a petista prometeu colocar o discurso de Marquinhos em sua rede social. De fato, o vídeo mostra a prefeita falando que esteve cinco anos “ombro a ombro” com o então prefeito.

Marquinhos também foi citado por Adriane, mas para cutucar Rose Modesto (União Brasil). A prefeita lembrou que agora Marquinhos é candidato a vereador na coligação da adversária.

Beto Pereira (PSDB) logo na primeira participação no debate trouxe à baila a ação da PF (Polícia Federal), que por ordem da Justiça Eleitoral saiu às ruas da cidade nesta quinta-feira para investigar criação de fake news contra ele. O candidato do PSDB relatou sofrer com mentiras que o associam a criminoso do PCC, biqueira de maconha e uma delação inventada.

Já Rose Modesto não perdeu a oportunidade de chamar Beto de ficha suja, tema que deixa o candidato visivelmente irritado. Rose citou que o adversário tem 87 processos na Justiça, sendo 33 em Terenos, município onde o candidato do PSDB foi prefeito por dois mandatos.

Beto rebateu que se fosse ficha suja não estaria disputando a eleição e dirigiu críticas ao presidente do TCE (Tribunal de Contas do Estado) e um “site picareta”. “Não estou contratando atores para se passarem por candidato”, diz Beto. Na sequência, foi a vez de Rose se irritar. O embate escalou e o candidato do PSDB citou Rose como a “morena mais linda de Campo Grande”, retratando uma fala da Coffee Break. Rose rebateu, no direito de reposta, que não foi investigada na operação sobre a cassação do prefeito Alcides Bernal.

Adriane, Beto e Rose aparecem embolados nas pesquisas eleitorais. Enquanto Camila Jara não poupou críticas a Adriane, o candidato Luso de Queiroz (Psol) disparou reclamações para todos.

Mais uma vez, a falta da dipirona foi criticada pelos adversários de Adriane, que culpou um servidor por boicotar licitações por ser apoiador de Rose.

O debate também teve espaço para as velhas mazelas de Campo Grande: a fila de 70 mil pacientes na Saúde, as oito mil crianças sem vagas na educação infantil e os pontos de ônibus sem cobertura. Temas que só ganham holofotes de quatro em quatro anos, mas que seguramente é a realidade diária de privações para os campo-grandenses,