Em sete dias, quase 600 pessoas confirmaram o diagnóstico positivo para a doença em MS
Os dados do boletim epidemiológico da covid-19, divulgado na terça-feira (1º), mostram que, na última semana, Mato Grosso do Sul registrou 572 novos casos. O número representa um aumento de cerca de 140% de casos positivos. Entre os municípios que mais apresentaram positividade estão: Campo Grande com 234 casos, seguido por Anastácio com 118 e Dourados com 26.
Diante deste cenário, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) reforça a necessidade da população atualizar a caderneta de vacinação. Segundo a gerente técnica de Influenza e Doenças Respiratórias da SES (Secretaria de Estado de Saúde), Lívia Mello, ao contrário de outros vírus respiratórios, como a Influenza, que circula com maior intensidade em alguns meses do ano (períodos sazonais), a Covid-19 não se restringe a períodos específicos e seu controle está diretamente ligado à imunização da população.
“A circulação viral do SARS-CoV-2 e de outros vírus respiratórios continua, juntamente com o surgimento frequente de novas variantes. Precisamos manter a vacinação em dia e continuar tomando os cuidados necessários para evitar que a situação epidemiológica se torne um cenário novamente negativo”, alerta a gerente.
“Lá atrás, no auge da pandemia, nós reforçávamos os cuidados básicos, como a higienização das mãos, o uso de álcool em gel e até mesmo o distanciamento em relação a casos positivos. Esses cuidados se perderam com o tempo, mas permanecem sendo medidas muito eficazes quando aliadas à imunização”, reforça.
A coordenadora de Imunização da SES, Ana Paula Goldfinger, observa que os dados da alta de casos podem estar diretamente relacionados à queda na procura pelo reforço da imunização com cepas atualizadas. “A falsa sensação de segurança das pessoas que tomaram uma ou duas doses e não completaram o esquema vacinal pode ser a oportunidade para o vírus voltar a se instalar em nosso meio”, explica.
Ela ainda ressalta que idosos e pessoas que vivem com comorbidades são o principal grupo de risco em razão da baixa imunidade e das doenças crônicas, por isso há a necessidade de vacinação periódica com doses atualizadas para a cepa XBB.1.5, variante que confere proteção às formas circulantes do vírus neste momento.
“Hoje, conforme definido pelo PNI, a vacina está disponível para crianças de 6 meses a 4 anos de idade (calendário vacinal) e para os grupos prioritários (pessoas com 5 anos ou mais) que têm maior vulnerabilidade ou condições que aumentam o risco para formas graves da doença, como pessoas em instituições de longa permanência e seus trabalhadores, indígenas, quilombolas, trabalhadores da saúde, pessoas com deficiência permanente, pessoas privadas de liberdade e trabalhadores do sistema de privação de liberdade, jovens cumprindo medidas socioeducativas e pessoas em situação de rua”, comenta.
Confira o boletim epidemiológico e os dados da imunização contra a COVID-19.