O despachante David Cloky Hoffaman Chita teria sido ‘recrutado’ por Beto para atuar em conluio com servidores do Detran-MS no esquema e repassar o dinheiro sujo diretamente a pessoas ligadas à organização do ‘caixa não-oficial de campanha’ do PSDB para chegar à Prefeitura de Campo Grande.
Então, ficaram combinados repasses mensais a três pessoas tratadas como a cúpula do esquema criminoso. Em troca, Beto Pereira supostamente atuou para facilitar a operação com nomeações dentro do Detran-MS, acesso à cúpula da Polícia Civil e da Casa Civil para ‘blindar’ a operação.
Chita: “Mais de R$ 1,2 milhão da propina no Detran-MS para campanha de Beto Pereira”
Segundo David Hoffaman afirma, o chefe, Beto Pereira, supostamente recebia R$ 30 mil todo dia 10. Já seu assessor e braço direito à época, Thiago Gonçalves, seria responsável por negociar e articular em nome do ‘chefe’ e, ainda segundo David, receberia R$ 20 mil todo dia 30.
Por fim, o então diretor-adjunto do Detran-MS, Juvenal de Assunção Neto, receberia R$ 20 mil no dia 20.
“E tem muito mais. O que estou contando para vocês não é nem 30% de tudo que eu sei. Tem muito mais coisas que podem aparecer se quiserem investigar e se não me matarem antes”, alerta Hoffaman.
Além dos pagamentos fixos, David conta que ainda repassava uma comissão por cada documento fraudado. Segundo ele, mais de R$ 1,2 milhão de reais foram repassados ao grupo chefiado pelo deputado federal no período em que o esquema criminoso operou.
“Beto [Pereira] sempre foi o chefe, nada era feito sem autorização dele”, reforça David Cloky Hoffaman Chita.
Atualmente, Thiago atua na campanha de Beto Pereira e também é nomeado para o cargo de diretor da escola do legislativo, na Alems (Assembleia Legislativa de MS), sob matrícula 8608 e cargo PLDS.02.1. O Portal Transparência do órgão, no entanto, não traz a remuneração recebida por ele para a função.
Conteúdo retirado do Midia Max.