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Protesto contra desmatamento tenta sensibilizar juízes sobre piora nas condições climáticas

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Governo briga na Justiça por desmatamento no Parque dos Poderes (Reprodução, Jornal Midiamax)
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Defensores do meio ambiente convocaram um protesto o desmatamento do Parque dos Poderes para esta terça-feira (24), a partir das 13h, em frente ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. O objetivo é sensibilizar os desembargadores sobre o agravamento das condições climáticas, agravado pelas ondas recordes de calor e pelos incêndios sem precedentes.

Amanhã, a 2ª Câmara Cível do TJMS julga recurso do Governo do Estado para anular a sentença do juiz Ariovaldo Nantes Corrêa, da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, que não homologou o acordo para desmatar 18,6 hectares do Parque dos Poderes.

“Devido às mudanças climáticas, ao clima seco que está gerando doenças respiratórias e tornando a vida muito pior, não há como não se indignar contra a proposta de desmatamento. Agora é tempo de reflorestar, de recuperar as áreas degradadas e não de desmatar”, afirma a advogada Giselle Marques, uma das responsáveis pelo movimento S.O.S. Parque.

“Também não podemos fechar os olhos para a tentativa de ‘esquentar’ o desmatamento já realizado ilegalmente em alguns trechos do Parque dos Poderes. Deve ser apurado quem desmatou ilegalmente e não ‘legalizar’ um desmatamento contra a lei e a Constituição”, propõe Giselle.

A mobilização conta com o apoio do Sindjor (Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso do Sul) e do movimento Jornalistas pela Democracia. O Movimento em Defesa da Natureza também apoia o protesto.

O relator do recurso é o juiz Vitor Luís de Oliveira Guibo e os desembargadores Eduardo Machado Rocha e Nélio Stábile. De defensor do meio ambiente, o Ministério Público Estadual passou a defensor do desmatamento.

O desmatamento do Parque dos Poderes ocorre em um momento dramático da população, assustada com as ondas de calor sem precedentes e os incêndios florestais se alastrando. A estiagem também é uma das mias longas em 20 anos.

Com o avanço do desmatamento, a situação pode ficar muito pior em Campo Grande. Os desembargadores vão decidir isso, dão aval ao desmatamento para a construção dos palácios da Justiça e do Governo e estacionamentos ou dão uma chance para preservar um pouco da floresta no perímetro urbano da Capital?