Discussões internacionais avançam para facilitar o comércio nas fronteiras e obras seguem em ritmo acelerado
A articulação de acordos alfandegários, que visam agilizar o trânsito de mercadorias entre os países envolvidos, é um passo essencial para consolidar a Rota Bioceânica. A avaliação é do secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck. “Nós temos um contrato com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e uma das prioridades é abordar a questão alfandegária, que será fundamental para garantir a competitividade da Rota Bioceânica”, explicou Verruck.
Na última semana ocorreu a primeira reunião virtual do grupo “Processos Transfronteiriços de Facilitação do Comércio na Rota Bioceânica”, reunindo técnicos, empresários e gestores do Brasil, Paraguai, Argentina e Chile. Com cerca de 200 participantes, o encontro, que contou com representantes da Semadesc, foi o início de um diagnóstico conduzido pela consultoria Procomex, que identificará obstáculos e proporá soluções para o comércio nas fronteiras.
Verruck destacou o engajamento do setor empresarial, que já percebe as oportunidades econômicas oferecidas pela Rota Bioceânica. Ele afirmou que espera apresentar resultados preliminares do estudo já no 8º Fórum de Governadores, no próximo ano.
As obras de infraestrutura no Paraguai, especialmente na Picada 500, que liga Marechal Estigarribia a Poço Hondo, avançam rapidamente. O país já alocou os recursos e iniciou a pavimentação do trecho final de 220 quilômetros. No Brasil, as obras da ponte sobre o rio Paraguai, conectando Porto Murtinho (MS) e Carmelo Peralta (Paraguai), também seguem em ritmo acelerado, com previsão de conclusão até o final de 2025. Verruck também mencionou que as obras de acesso à Rota Bioceânica, que ligam a BR-267 à ponte, estão prestes a começar.