O tucano Beto Pereira também votou contrário a pauta como sinalização aos bolsonaristas
Os deputados federais Beto Pereira (PSDB), Dr. Luiz Ovando (PP), Marcos Pollon e Rodolfo Nogueira, do PL, votaram contra o projeto de lei complementar que cria o comitê gestor, que vai gerir o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), tributo que substituirá os atuais ICMS e ISS. A proposta faz parte da regulamentação da Reforma Tributária, apontada como fundamental para o crescimento da economia brasileira.
A bancada federal sul-mato-grossense ficou dividida ao meio, já que outros quatro deputados – Camila Jara e Vander Loubet, do PT, Dagoberto Nogueira e Geraldo Resende, do PSDB – votaram a favor do projeto do Governo Lula (PT). O projeto foi aprovado por 303 votos a favor e 142 contrários.
Previsto na emenda parlamentar que define a estabelece a reforma tributária, a nova autarquia deverá gerir o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), tributo que substituirá os atuais ICMS e ISS.
Ao contrário do atual sistema tributário, onde a gestão do ICMS e do ISS é descentralizada e com diferentes alíquotas para cada estado ou município, a reforma tributária prevê uma única alíquota e uma única administração arrecadatória no país. O Comitê Gestor, formado por representantes dos entes federados, ficará encarregado de realizar essa operação, bem como solucionar conflitos e distribuir os recursos arrecadados.
O projeto foi rejeitado pelos bolsonaristas de Mato Grosso do Sul. Beto Pereira acompanhou o grupo e vem se mantendo fiel a linha após conquistar o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à sua candidatura a prefeito da Capital.
A Reforma Tributária era defendida há décadas e tem o objetivo de simplificar a cobrança de impostos no Brasil. A mudança vem sendo considerada uma das grandes conquistas da atual equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.