Apenas PP, PSDB e PSOL optaram por escolher os candidatos a vice-prefeito de outras legendas (Avante, PL e Rede)
Com o fim das convenções partidárias, cinco dos oito partidos políticos que lançaram candidatos a prefeito de Campo Grande nas eleições municipais deste ano optaram por chapa pura, ou seja, os vices são da mesma legenda.
As exceções foram o PP, que lançou a atua prefeita Adriane Lopes como candidata à reeleião, tendo como candidata a vice-prefeita a ex-titular do Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande (IMPCG), a odontóloga Camila Nacimento, do Avante, o PSDB, que lançou o deputado federal Beto Pereira como candidato a prefeito e a Coronel Neidy, recém-filiado ao PL, como candidata a vice-prefeita, e o PSOL, que lançou o cientista social Luso Queiroz como candidato a prefeito e a servidora pública Lya Santos, do Rede, como candidat a vice-prefeita.
O PT optou pela deputada federal Camila Jara como candidata a prefeita e pelo deputado estadual Zeca do PT como candidato a vice-prefeito. Já o União Brasil terá a ex-deputada federal Rose Modesto como candidata a prefeita e o empresário e advogado Roberto Oshiro, da mesma sigla, como seu candidato a vice-prefeito.
Por sua vez, o Novo escolheu o advogado Beto Figueiró como candidato a prefeito e a médica Cynthia Duailibi, também do Novo, como sua candidata a vice-prefeita. O DC definiu o advogado Ubirajara Martins como candidato a prefeito e o empresário João Faria, do mesmo partido, como seu candidato a vice-refeito.
O PCO definiu o comerciante Jorge Batista como candidato a prefeito e Thiago Assad, também do PCO, como seu candidato a vice-prefeito.
Na avaliação do cientista político Tércio Albuquerque, essas chapas ‘puro-sangue’ foram motivadas para não se correr o risco de fazer uma coligação majoritária que atrapalhe o lançamento dos seus candidatos a vereadores.
Outro ponto, conforme ele, é que, por vezes, “os partidos já têm uma noção muito clara de que não é interessante fazer qualquer tipo de coligação, principalmente em decorrência de recursos financeiros que vão ser recebidos via fundo partidário e fundo eleitoral”.
Tércio Albuquerque acrescentou que o último ponto a ser analisado é que os partidos também, quando optam por chapa pura, estão querendo sentir qual é a importância que têm para a sociedade onde estão inceridos.
“Nesse sentido, fica muito claro que há uma tentativa de consolidação da sigla, das suas ideias, das suas pretensões e da sua visão de gestão pública”, disse.
Já o cientista político Daniel Miranda lembrou que, em regra, o cargo de vice é usado para fechar alianças para ampliar os recursos da candidatura e atrair mais votos, como fez Beto Pereira. “No caso de Adriane e de Rose, escolher alguém do próprio partido foi a segunda melhor estratégia nesse cenário, dado que a estratégia padrão se frustrou. Para o PT, é comum lançar chapa pura, enquanto nos demais casos se tratam de partidos pequenos e com pouquíssimas chances de vitória, sendo que as chapas puras tendem a ser mais indicadas”, opinou.