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Allyson Leguizamon

De volta ao jogo?

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Ex-Governador André Puccinelli. (Foto: Marcos Maluf)
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Inelegibilidade de Beto Pereira pode recolocar André Puccinelli na corrida eleitoral, avalia Loester

A possibilidade de inelegibilidade de Beto Pereira (PSDB), pré-candidato à prefeitura de Campo Grande, devido à reprovação das contas públicas na época em que foi prefeito de Terenos, poderia colocar o nome de André Puccinelli (MDB) na disputa eleitoral. É o que acredita o vereador de Campo Grande, Dr. Loester (MDB), que lamenta a desistência do ex-governador nas eleições de 2024. 

O parlamentar acredita que o candidato tucano consiga concorrer ao pleito deste ano – visto as liminares dos conselheiros do TCE (Tribunal de Contas do Estado) indicados por Reinaldo Azambuja que suspendem a condenação – mas analisa os cenários possíveis. 

“Agora, de repente, nem imagino isso, mas caso ele [Beto Pereira] não seja candidato, o André tem que ser o candidato, não tem outro caminho. Não tem. Aí é ele. Estou aí, vou caminhar, vou trabalhar nessa campanha, vou defender o nome”, garante. 

Agora cabe à Justiça Eleitoral decidir se torna ou não o tucano inelegível para as eleições deste ano e frustrar a pré-candidatura do PSDB para a capital sul-mato-grossense.

Vereador Dr. Loester (MDB). (Nathalia Alcântara, Jornal Midiamax)

“Contas sujas”

O TCE-MS (Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul) colocou Beto Pereira na lista de políticos que tiveram as contas públicas reprovadas por decisão irrecorrível. Ele foi condenado por irregularidades flagradas em contratos e decisões que tomou quando era prefeito de Terenos. 

São três processos que já transitaram em julgado no Tribunal de Contas e Beto inclusive briga na justiça para adiar o pagamento de uma das multas.

Com a ‘ficha suja’, Beto recorreu a conselheiros nomeados pelo ex-governador e presidente regional do PSDB, Reinaldo Azambuja, para conseguir uma liminar ‘preventiva’ que suspende os efeitos das decisões.

Além disso, Márcio Monteiro (ex-secretário de Fazenda de Reinaldo), Flávio Kayatt (ex-deputado estadual pelo PSDB) e Leandro Lobo Ribeiro Pimentel, que substitui Ronaldo Chadid, afastado junto com Waldir Neves (ex-deputado federal pelo PSDB) por corrupção, suspenderam temporariamente as condenações de Beto Pereira.

As coincidências não param por aí: todas as decisões foram concedidas em 15 de julho, poucos dias antes da publicação do documento oficial. A manobra, segundo técnicos que atuam no Tribunal de Contas, indica que o tucano já sabia da situação irregular e consequente inelegibilidade.

Além disso, colocam em suspeição a validade das decisões e a isenção dos conselheiros.

Por fim, as indicações de Monteiro e Kayatt para se tornarem conselheiros tiveram o aval de Beto Pereira, quando exercia mandato de deputado estadual, em novembro de 2017, também pelo PSDB.