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Bolsonaro deve indicar coronel como a vice de Beto

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O ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro com o deputado estadual Coronel David - Foto: Divulgação
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A coronel PM Neidy Nunes Barbosa Centurião é indicação do deputado estadual Coronel David para o ex-presidente

Em reunião na manhã de ontem em Brasília (DF) com o deputado estadual Coronel David (PL), o ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL) reforçou a aliança com o PSDB em Campo Grande e mais 36 municípios de Mato Grosso do Sul e confirmou que pretende indicar uma vice para o pré-candidato a prefeito da Capital, deputado federal Beto Pereira (PSDB-MS).

Além disso, Bolsonaro ainda mandou um recado claro para os “rebeldes” do partido que não gostaram dessa aproximação do PL com o PSDB, dizendo que a decisão já está tomada e não teria mais volta, sendo que os “emburrados” terão de aceitar. 

Ele também confirmou a intenção de participar da campanha eleitoral de Beto Pereira em Campo Grande para contribuir na união da direita em torno do nome do tucano como melhor opção para administrar o município.

Em conversa com o Correio do Estado, Coronel David informou que, durante o encontro, o ex-presidente deixou bem claro a manutenção da aliança do PL com o PSDB, que foi acertada na semana passada em reunião com o ex-governador Reinaldo Azambuja, com o governador Eduardo Riedel e com o próprio Beto Pereira. 

O deputado estadual revelou à reportagem que indicou o nome da ex-subcomandante da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, coronel PM Neidy Nunes Barbosa, que foi exonerada a pedido no dia 5 de junho, para ser a indicada pelo PL para ser a vice de Beto. 

“Expliquei ao presidente que não tinha interesse de ser candidato a vice-prefeito e o Bolsonaro, então, pediu para sugerir alguém que tivesse a ‘cara dele’ para o cargo. Eu falei da coronel Neidy, do serviço prestado por ela à frente da PM e o presidente gostou muito, batendo o martelo no nome dela”, declarou, acrescentando que o ex-presidente vai alinhar a escolha com o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto.

REFORÇAR A DIREITA

O Coronel David argumentou que o encontro Bolsonaro também serviu para fazerem articulações políticas para as eleições municipais nos outros municípios de Mato Grosso do Sul.

“O objetivo é fortalecer a base do partido no Estado e alinhar estratégias que possam garantir um desempenho competitivo nas urnas”, disse.

Segundo o deputado estadual, uma reunião também com Valdemar Costa Neto é essencial para definir os rumos das campanhas municipais. “Estamos focados em construir um plano sólido e coeso que reflita os interesses da população de Mato Grosso do Sul e dos eleitores da direita. A presença de líderes como Valdemar Costa Neto e Jair Bolsonaro só reforça a importância deste momento para o nosso partido”, afirmou.

Além das eleições municipais, o encontro com Valdemar Costa Neto deve abordar temas de interesse estadual e nacional, discutindo ações e projetos que possam beneficiar diretamente a população sul-mato-grossense. 

“A expectativa é que as articulações resultem em um fortalecimento significativo do PL nas eleições, consolidando o partido como uma força política relevante no Estado”, assegurou.

Para o Coronel David, o desfecho da reunião poderá ter um impacto significativo no cenário político de Mato Grosso do Sul, com possíveis alianças e candidaturas sendo oficializadas nas próximas semanas. “Com as definições das alianças, a direita do Estado só tem a ganhar”, argumentou.

DESCONTENTES

Apesar de não dizer os nomes das lideranças que não gostaram da aliança, o recado dado por Bolsonaro durante o encontro com o Coronel David teria endereço certo: o deputado federal Marcos Pollon (PL-MS) e o deputado estadual João Henrique Catan (PL). 

O primeiro chegou a fazer uma live pelas suas redes sociais para lançar a pré-candidatura a prefeito de Campo Grande para tentar impedir que o PL caminhe com o PSDB na Capital, enquanto o segundo segue firme com o desejo de ser o candidato da direita no pleito do próximo dia 6 de outubro.

No caso de Marcos Pollon, o Correio do Estado apurou que ele deve perder a presidência estadual do PL, a qual pertencia ao também deputado federal Rodolfo Nogueira, o “Gordinho do Presidente”. Entretanto, ainda não teria sido definido quem será o novo presidente da legenda em Mato Grosso do Sul.

A reportagem também conseguiu a informação de que a “punição” de Bolsonaro a Pollon seria uma forma de mandar uma mensagem para os demais descontentes dentro do PL para que não venham a público criticar a aliança com o PSDB, pois poderão também sofrer repreensão por parte da Executiva nacional.