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Marina Silva diz que incêndios no Pantanal acontecem por “ação humana”

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Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. (Foto: Lula Marques/ Agência Brasil)
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A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, comentou os dados do Mapbiomas, divulgados na semana passada. Ela esteve em São Paulo para o lançamento do Fórum Super Cidades Educadoras, na Universidade Zumbi dos Palmares.

Marina disse que a perda de 30% na superfície da água em quase 40 anos é resultado de uma soma de fatores.

“Foram os humanos que usando carvão, petróleo, gás e fazendo desmatamento, levaram a mudar a temperatura da terra. Isso causou desequilíbrio climatico no planeta inteiro, onde momentos com onda severa de calor, onda severa de frio, chuvas torrenciais e seca.”

A ministra afirmou que na Amazônia, onde o volume de água é o menor já registrado, a situação preocupa:

“Com os rios secos, essas cidades ficam isoladas, com a baixa quantidade de água nos rios, a grande mortandade de peixes, a água fica contaminada e as pessoas sem água potável pra beber.”

Referente às queimadas do Pantanal, Marina afirma que 85% dos incêndios registrados na região são em áreas privadas. Segundo a ministra, a situação não é mais grave porque, desde abril, um gabinete de crise atua para tentar amenizar os impactos das queimadas.

Marina também destacou o aumento do desmatamento no município de Corumbá, Mato Grosso do Sul. A região teve um crescimento de 50%.

Dados do Mapbiomas

Dados divulgados pelo Mapbiomas, no último dia 18 de junho, mostrou que entre 1985 e 2023, 199,1 milhões de hectares (ha) foram queimados pelo menos uma vez no Brasil. O número representa quase um quarto do território nacional. Corresponde, por exemplo, aos estados de Amazonas (157,07 milhões de hectares), Goiás (34 milhões), Distrito Federal (578 mil) e mais 7,45 milhões.

O MapBiomas Fogo, levantamento específico sobre queimadas, mostram também que cerca de 65% da área afetada pegou fogo mais de uma vez em 39 anos, sendo o Cerrado (88,5 milhões de hectares) o bioma com a maior quantidade de área queimada recorrente, seguido da Amazônia (82,7 milhões) — juntos, concentraram cerca de 86% da área queimada.