Search
Picture of Informativo

Informativo

De olho em Fundo Eleitoral, presidentes tentam minar aliança com PP

Picture of Informativo

Informativo

Senadora está contando com o apoio do PL para as eleições municipais de 2024.
Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram

O deputado federal e o suplente de senador já procuraram o ex-presidente Bolsonaro para convencê-lo a desfazer aliança com Tereza Cristina

Com o PL sendo o dono do maior Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), o “Fundo Eleitoral”, para as eleições municipais deste ano no Brasil, algo em torno de R$ 886.839.487,84, o deputado federal Marcos Pollon e o suplente de senador Tenente Portela estão tentando “minar” a aliança da sigla com o PP em Campo Grande para que a legenda possa ter candidatura própria a prefeito.

Segundo informações obtidas pelo Correio do Estado, Pollon, que o presidente estadual do PL, e Portela, que é o presidente municipal do partido, tiveram, anteontem, em Brasília (DF), reuniões com o presidente nacional Valdemar Costa Neto e com o ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, principal liderança nacional da sigla, para tratar dessa possibilidade.

No primeiro encontro, com Valdemar Costa Neto, a dupla de políticos sul-mato-grossenses ouviu do presidente nacional que o PL já teria fechado uma aliança com o PP da senadora Tereza Cristina em Campo Grande e vai caminhar junto com quem ela indicar, no caso, a atual prefeita Adriane Lopes.

Porém, com o ex-presidente Bolsonaro, eles teriam conseguido “plantar” uma dúvida na mente do capitão reformado do Exército ao justificarem que o PL não poderia ficar sem candidatura própria a prefeito em uma capital e até sugeriram que o partido fizesse uma aliança com o MDB do ex-governador André Puccinelli, tendo como vice a filha mais nova dele, a advogada Denise Puccinelli.

Entretanto, ainda durante a reunião, outros interlocutores lembraram que o próprio André Puccinelli já tinha comunicado que a filha dele não pretende ingressar na política e que ela não será vice de ninguém nas eleições municipais deste ano.

Teria sido nessa oportunidade que o suplente de senador Tenente Portela sugeriu que o PL lance como candidato a prefeito de Campo Grande o deputado federal Marcos Pollon, tendo como vice algum nome da própria legenda, formando uma chapa pura.

Ainda conforme as informações obtidas pela reportagem, Bolsonaro teria ficado de pensar, pois, quando Pollon era o pré-candidato do PL a prefeito de Campo Grande teve um desempenho muito fraco nas pesquisas, ficando atrás até da deputada federal Camila Jara, que é a pré-candidata a prefeita da Capital pelo PT.

Agora, Marcos Pollon e Tenente Portela correm contra o tempo para provar ao ex-presidente da República que a chapa pura do PL, tendo o deputado federal como cabeça de chapa, seria viável e que, com o desenrolar da campanha eleitoral, poderia crescer, contando com o apoio de Bolsonaro.

CONTRA-ATAQUE

Por outro lado, a senadora Tereza Cristina, que está em viagem internacional e deve retornar neste fim de semana para o Brasil, terá de convencer o capitão reformado do Exército que a aliança com o PP é o melhor caminho para o PL em Campo Grande, pois a dobradinha teria chances reais de vitória.

Tereza Cristina participa, nesta semana, junto com os deputados federais Pedro Lupion (PP-PR), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), e Alceu Moreira (MDB-RS), e representantes de entidades do agronegócio, de missão oficial aos Estados Unidos para tratar de desafios que o Brasil enfrenta na agropecuária, sobretudo em relação ao seguro rural.

Com Valdemar Costa Neto, a senadora já teria se entendido e batido o martelo sobre a manutenção da aliança PP e PL, sendo que a dificuldade estaria em persuadir Bolsonaro que, com os dois partidos juntos, a direita ficaria unida, como o próprio ex-presidente sempre desejou que isso acontecesse em Mato Grosso do Sul.
Além disso, o PL não precisaria de uma grande destinação de recursos do Fundo Eleitoral para Campo Grande porque a maior parte dos gastos de campanha caberia ao PP, que seria o partido cabeça de chapa, sobrando mais dinheiro para investir em outras cidades.