Com recuo da pré-candidatura de André Puccinelli, MDB e Solidariedade devem decidir juntos futuro da coligação, porém indefinição deve se tornar nova novela
Após confirmar a retirada do nome como pré-candidato a Prefeitura de Campo Grande, o ex-governador, André Puccinelli (MDB), deixou claro que o futuro da coligação, MDB e Solidariedade, será decidida em conjunto. O casamento que ja era dado como certo com o PSDB, em uma provavel desistencia, pode ter novos capítulos.
Isso ocorreu após dura fala do vereador do MDB, Dr. Loester, ao afirmar não ser favorável de uma união com os tucanos. O parlamentar afirmou que o candidato do PSDB, Beto Pereira, seria ainda muito inexperiente. Além disso, o parlamentar reforçou que ‘pessoalmente não o apoia’.
“É uma criança, que está precisando ser preparado […] falta o tchan!
Beto, aquele menino, que eu não vi nenhuma expressão nele, nem uma expressão de ver no rosto dele que ele seria um um excelente prefeito. Ele é jovem. Foi prefeito de uma cidade [Terenos] que não dá nem um terço de um bairro Campo Grande. Isso é diferente”
Disparou o emedebista Dr. Loester.
O parlamentar ainda sinalizou para um provável apoio a pré-candidatura de Adriane Lopes (PP). Essa teoria ganhou ainda mais força, na tarde desta terça-feira (25), em coletiva de imprensa realizada por André Puccinelli, para anunciar sua desistência.
Conforme foi noticiado pelo Correio do Estado, o ex-governador teria assumido possuir uma preferência, no entanto, o emedebista foi cabal ao afirmar que prefere escutar lideranças do Solidariedade e do MDB, para não influir em uma possível decisão.
Não conte com minha solidariedade
A maior incógnita encima da escolha da coligação, é encima do partido Solidariedade. Boa parte das lideranças do MDB, na esfera Estadual, estariam decididos a apoiar a pré-candidatura de Beto Pereira (PSDB), porém isso não é unanimidade dentro do diretório municipal da sigla.
Com tudo, os tucanos teriam “maioria” dentro do MDB para formalizar esse casamento. Porém a fala do ex-governador muda o rumo da decisão. Ao afirmar que a decisão será em conjunta com o Solidariedade, fez crescer incertezas nos bastidores da política.
Segundo interlocutores, isso ocorre pela sigla ter uma certa ‘mágoa’ do PSDB, por ter levado da sigla o seu único vereador. Papy trocou o Solidariedade para migrar para o ninho tucano, e isso fez com que setores da sigla ficassem com um ‘pé atrás’ com o PSDB.
Isso resultou no caminhar do MDB com o Solidariedade nas eleições de 2024, ou pelo menos era o que fazia parte do plano antes do ‘banho de água gelada’ que foi a desistência de Puccinelli.
Com tudo, fontes afirmam que existem outros motivos por essa ‘não aceitação’ com o PSDB. Segundo corre nos bastidores, o filho do ex-governador e atual 1° vice-presidente da sigla, André Puccinelli Junior, teria manifestado a aliados próximos que não quer compor com o PSDB. E teria, segundo interlocutores, afirmado que ‘saíria da política’ se a coligação fechasse com os tucanos.
A única certeza é que a tendência é essa escolha se tornar a nova novela que ronda os emedebistas e o Solidariedade, e deve se arrastar até as convenções.