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Dione Hashioka ‘trai’ PSDB para brigar por prefeitura contra candidato tucano

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Ex-secretária-adjunta na Secretaria de Estado de Educação (SED), a ex-deputada estadual Dione Marly Gandolfo Hashioka
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Três meses após ter sido empossada como secretária-adjunta na Secretaria de Estado de Educação (SED), a ex-deputada estadual Dione Marly Gandolfo Hashioka (União Brasil) solicitou ao governador Eduardo Riedel (PSDB) a exoneração do cargo para disputar a prefeitura de Nova Andradina nas eleições municipais 
de 6 de outubro.

No entanto, conforme fontes ouvidas pelo Correio do Estado, a decisão da esposa do deputado estadual Roberto Hashioka (União Brasil) não foi bem recebida pela cúpula tucana.

Afinal, nos bastidores, a nomeação dela teria sido para tirá-la do páreo, facilitando a pré-candidatura do atual presidente da Câmara Municipal de Nova Andradina – o vereador Dr. Leandro Fedossi (PSDB) – ao cargo.

Isso porque, em março, Dione era a líder de todas as pesquisas de intenção de voto para a prefeitura de Nova Andradina, com uma ampla margem porcentual sobre o segundo colocado – no caso, Dr. Leandro.

Agora, com a desistência da ex-deputada estadual, ele figura como o franco favorito, situação que deve mudar com a volta dela ao jogo.

O Correio do Estado divulgou na época que a nomeação da esposa de Roberto Hashioka e a natural retirada dela como pré-candidata à prefeitura de Nova Andradina provocaria uma verdadeira reviravolta na sucessão municipal, uma vez que beneficiaria Dr. Leandro.

Na cidade, conforme as teorias da conspiração, Roberto Hashioka teria “negociado” a desistência da esposa da disputa para abrir caminho para que o PSDB vença as eleições municipais deste ano no município.

Agora, entretanto, com o retorno dela à disputa eleitoral, Dione tornará a briga pela prefeitura municipal mais acirrada, uma vez que – além dela e de Dr. Leandro – também estão no páreo outros nomes.

Pela Federação Brasil da Esperança, colocaram-se como pré-candidatos Marcos Dan (PT) e Vicente Lichotti (PCdoB), sendo um só entre eles o escolhido.

Já pelo PP há o empresário Hernandes Ortiz (PP), atual presidente da Cooperativa Agroindustrial do Vale do Ivinhema (Coopavil).

Pelo MDB, estão na disputa o ex-vereador Marião da Saúde (MDB) e o atual vereador Fábio Zanata (MDB), enquanto pelo PDT tem o atual vice-prefeito Milton Sena.

Já pela extrema direita há Arion Aislan (PL). Além disso, a reportagem apurou que o PSDB pretende investir pesado na campanha de Dr. Leandro em decorrência da “traição” de Dione.

O Correio do Estado conseguiu junto a interlocutores da ex-deputada estadual que a decisão dela de sair da SED foi em virtude do “clamor popular”, que teria pedido para que Dione Hashioka disputasse a prefeitura.

Outro fator que teria pesado para que ela deixasse o cargo no governo foi a falta de adaptação em voltar a morar em Campo Grande e a dificuldade de poder viajar para Nova Andradina.

Em nota nas suas redes sociais, Dione justificou a saída do cargo da seguinte forma: “[Sou] grata pela confiança do governador Eduardo Riedel, a quem expresso elevada estima pela oportunidade de aprendizado como adjunta da SED; ao secretário [da Pasta], Helio Daher, pelo otimismo e pelos desafios compartilhados; e à receptividade carinhosa da equipe de servidores da Educação”.

Sem plenos poderes

No entanto, algo que também pode ter contribuído para o pedido de exoneração da ex-deputada estadual foi o fato de que, diferentemente de seu antecessor, Dione não recebeu a “chave do cofre” da SED. 

Para se ter uma ideia, a Pasta conta com o maior orçamento entre todas as secretarias de Estado: só neste ano são R$ 3,179 bilhões, o que é 16,3% acima dos R$ 2,732 bilhões de 2023.

Isso porque, na mesma edição do Diário Oficial do Estado (DOE) em que saiu a nomeação de Dione Hashioka, a administração estadual revogou uma resolução de abril do ano passado que dava ao secretário-adjunto da SED o poder de fazer contratações públicas das mais diversas.

O responsável pelo cargo ainda tinha o poder para assinar contratos, acertar aditivos, romper contratos e decidir se determinada compra seria feita com ou sem licitação, além de dar a ele o poder de homologar ou cancelar o resultado das licitações.

Ainda, o secretário-adjunto tinha a autonomia para firmar convênios ou parcerias com os mais diferentes tipos de empresas ou organizações sociais. Cabia também a decisão sobre todas as nomeações de pessoal na SED.