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Setor privado vai inaugurar indústrias de R$ 26,3 bilhões

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Produção de papel e celulose. (Foto: Germano Lüders)
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Com desenvolvimento econômico acima da média do País, Mato Grosso do Sul segue tendência de crescimento com a inauguração de, pelo menos, três novos empreendimentos no Estado. Os negócios do segmento agroindustrial somam investimentos de mais de R$ 26 bilhões.

Os principais efeitos para a economia estadual são: a geração de empregos, o desenvolvimento da infraestrutura, o impacto ambiental positivo e o estímulo de toda a cadeia produtiva.

“Com a expansão dos investimentos, é provável que mais empregos sejam criados, beneficiando a economia local”, analisa o doutor em Administração, Leandro Tortosa.

O mestre em Economia Lucas Mikael destaca que as fábricas trazem um grande número de empregos indiretos e diretos, tanto durante a fase de construção quanto após a conclusão.

“Isso pode resultar em uma melhoria do padrão de vida da população onde as unidades estarão implantadas, com mais oportunidades de emprego e aumento na atividade econômica geral”, analisa.

A Suzano que constrói em Ribas do Rio Pardo a maior fábrica de celulose do mundo, antecipou o início de suas operações em seis meses e é umas das unidades a serem inaugurada ainda no 1º semestre.

Conforme o cronograma inicial, a previsão para a inauguração da unidade, que demanda investimentos da ordem de R$ 23 bilhões, entraria em operação somente a partir do final deste ano. Contudo, por meio de um comunicado no fim do ano passado a empresa anunciou a antecipação. 

“Em virtude do avanço das obras e da consequente melhor visibilidade sobre seu desenvolvimento, a previsão é de que as operações comecem até o mês de junho de 2024”.

Informou a nota.

Desde abril de 2023, quando as obras chegaram ao pico, em torno de dez mil pessoas estão trabalhando no projeto e cerca de 3 mil empregos fixos serão criados com  o início da operação.

O Projeto Cerrado, como é denominado, produzirá 2,55 milhões de toneladas ao ano, ampliando a capacidade instalada de celulose da Suzano para 13,5 milhões de toneladas anuais. 

A Neomille, empresa subsidiária da Cerradinho Bioenergia, também dá início às suas operações ainda no 1° semestre. A produtora de bioenergia e coprodutora de subprodutos a partir do milho, concluiu sua unidade em  Maracaju.

No período de obras foram empregadas mais de 2 mil pessoas e agora com a entrada em atividade serão gerados cerca de 200 empregos diretos e 600 indiretos.

De acordo com a Cerradinho Bioenergia, com capacidade para processar 608 mil toneladas de milho, a fábrica já iniciou a produção desde janeiro de 2024 e tem sua inauguração oficial programada para o dia 18 de junho.

O grupo investiu R$ 1,08 bilhão na construção da planta de etanol, com tecnologia de última geração. A nova planta tem capacidade de ofertar ao mercado 266 milhões de litros de etanol, 161 mil toneladas de DDGS (farelo de milho), 10 mil toneladas de óleo e de comercializar 51 GWh de energia.

Já o terceiro empreendimento a ser inaugurado no Estado, trata-se da segunda fábrica da Inpasa que tem previsão de ativação para o mês de agosto. A unidade está localizada em Sidrolândia e segundo a empresa está com 48% das obras finalizadas.

O investimento total está orçado em R$ 2,3 bilhões, anunciado em agosto de 2023, a previsão era de que as operações começassem somente no fim do ano.

Gerente corporativo de montagem industrial, Iuri Morgenstern revela que já em junho a fábrica deve receber as primeiras cargas de milho, momento em que devem ser realizados os testes preventivos. 

“Temos a previsão de início das operações de produção da primeira fase ocorrendo no dia 26 de agosto de 2024 e da segunda fase em 28 de outubro de 2024”.

Detalha Morgenstern.

Com capacidade para produzir etanol anidro e hidratado, farelo, óleo bruto de milho e energia, a fábrica já gerou mais de 2,3 mil empregos. 

O titular da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, destaca que o projeto traz diversificação econômica. 

“Por mais que a gente tivesse uma elevada produção de etanol, nós não tínhamos nenhuma configuração de etanol de milho e o Estado sempre foi e ainda é um grande exportador de milho. Então foi uma estratégia de agregação de valor a um produto que até então era exportado”.

Analisa.

Outra novidade está na produção do DDG, o farelo de milho bastante usado na ração animal, principalmente bovina e suína.

“O posicionamento desse produto deu tão certo que hoje 100% da produção tanto da Inpasa como da  Neomille no Estado já é disponibilizado e 100% vendido, então mostra o quanto a indústria trouxe de agregação de valor”.

Conclui Verruck.