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TJD quer intervenção da CBF após prisão de Cezário

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Francisco Cezário foi preso e levado para a Depac Cepol (Alicce Rodrigues, Jornal Midiamax)
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O presidente do Tribunal de Justiça Desportiva de Mato Grosso do Sul, Patrick Hernands Santana Ribeiro, quer que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) faça uma intervenção na Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul.

O pedido ocorre após a prisão do presidente da federação, Francisco Cezário, na semana passada, após a Operação Cartão Vermelho, do Gaeco.

“Sendo passível de urgência e necessária intervenção da CBF junto à FFMS, nomeando um agente ou uma comissão para que, nos termos da lei, conduza o órgão como forma de dar continuidade às suas atividades administrativas e institucionais, sob pena de incontrolável, mas justificável clamor social pelos desportistas deste Estado, com prejuízo aos patrocinadores das competições e aos clubes, com o aumento da desconfiança e descrença num setor que gera renda e emprego, que é o maior esporte deste Estado, tal como do Brasil, que já foi 3º colocado no Campeonato Brasileiro de 1977 e já auferiu tantos outros títulos na seara futebolística nacional”, diz o pedido.

A Operação Cartão Vermelho, realizada pelo Gaeco na última terça-feira,  cumpriu 7 (sete) mandados de prisão preventiva, além de 14 (quatorze) mandados de busca e apreensão, nos municípios de Campo Grande, Dourados e Três Lagoas.

A investigação apontou que os valores desviados da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, no período de setembro de 2018 até fevereiro de 2023, superaram a casa dos R$ 6.000.000,00 (seis milhões de reais).

No curso das diligências, a polícia apreendeu mais de 800 mil reais. O nome da operação, Cartão Vermelho  faz alusão ao instrumento utilizado pelos árbitros para expulsar os jogadores que cometem faltas graves durante as partidas de futebol.

Durante 20 meses de investigação, foi constatado que se instalou, na Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, uma organização criminosa, cujo principal objetivo era desviar valores, sejam provenientes do Estado de Mato Grosso do Sul (via convênio, subvenção ou termo de fomento) ou mesmo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em benefício próprio e de terceiros.

“Uma das formas de desvio era a realização de frequentes saques em espécie de contas bancárias da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul – FFMS, em valores não superiores a R$ 5.000,00 (cinco mil reais), para não alertarem os órgãos de controle, que depois eram divididos entre os integrantes do esquema”, diz nota do MPE.

Os investigadores identificaram que os integrantes da organização criminosa realizaram mais de 1.200 (um mil e duzentos) saques, que ultrapassaram o montante de R$ 3.000.000,00 (três milhões de reais).

A organização criminosa também possuía um esquema de desvio de diárias dos hotéis pagos pelo Estado de MS em jogos do Campeonato Estadual de Futebol.

“Esse esquema de peculato estendia-se a outros estabelecimentos, todos recebedores de altas quantias da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul. A prática consistia em devolver para os integrantes do esquema parte dos valores cobrados naquelas contratações (seja de serviços ou de produtos) efetuadas pela Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul”, informa o Gaeco.

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