Um avião carregado com aproximadamente 3 mil medicamentos decolou de Campo Grande neste sábado (18) rumo ao Rio Grande do Sul. A doação é resultado de uma ação solidária entre médicos e empresários e vai ajudar crianças que estão em abrigos por causa das enchentes que afetaram a maioria das cidades gaúchas.
Dentro da aeronave que saiu da capital de Mato Grosso do Sul nesta manhã, caixas e mais caixas de antibióticos, anti-inflamatórios, suplementos alimentares infantil, bombas de asma, e pomadas de assaduras. Essa é a segunda vez que os medicamentos são enviados para o Rio Grande do Sul.
A ideia de fugir das roupas e reunir medicamento, surgiu de uma conversa entre a médica pediatra Jéssica Nogueira de Matos e uma colega de profissão, que está na linha de frente dos atendimentos as vítimas das enchentes, e revelou as dificuldades enfrentadas no cuidado as crianças resgatadas.
“Remédios para dor, para febre, pra doenças de pele, respiratórias, e eu falei, ótimo, é nisso que a gente vai focar e a campanha começou em Águas Clara, onde eu trabalho, pequena e tomou uma proporção muito grande”.
Jéssica Nogueira de Matos.
As doações vieram de várias cidades: Ribas do Rio Pardo, Três Lagoas, Água Clara, Campo Grande, São Gabriel do Oeste. Foram tantos medicamentos que Jéssica ficou sem saber como enviar tudo em segurança.
Foi então que Emerson Belaus entrou na história. Dono de uma empresa de avião executiva, ele viu notícias da campanha e resolveu ajudar.
“A partir daí a coisa tomou uma proporção muito grande, chegou ao ponto de não cabe tudo em um único voo”.
Emerson Belaus
A primeira remessa de medicamentos saiu de Campo Grande na semana passada e depois de três horas de viagem, mais de 1.100 quilômetros, pousou na Base Aérea de Canoas, onde uma equipe de enfermeiros recebeu as caixas e as levou para o hospital de campanha instalado na cidade.
O mesmo vai aconteceu com os medicamentos enviados neste sábado. As caixas foram descarregadas em Canoas no início da tarde e contou com uma equipe muito especial para isso.
“O sentimento é inexplicável, é como se a gente estivesse lá, ajudando pessoalmente e vendo o rostinho das crianças que vão receber esses mantimentos”.
Jéssica Nogueira de Matos.
