Os processos da Operação Tromper que implicam o vereador de Campo Grande, Claudinho Serra (PSDB), podem respingar na sogra, a prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo (PP), foram colocados sob segredo de Justiça. Assim, a restrição de acesso ocorre a três dias do julgamento do Habeas Corpus que livrou o vereador da prisão.
Com isso, os andamentos dos processos de corrupção, que envolve desvio de verbas públicas e implica um vereador com mandato em Campo Grande, ou seja, eleito pelo povo e que precisa prestar esclarecimentos sobre sua atuação, ficam reservados apenas às partes.
O advogado do parlamentar, Tiago Bunning, informou que não tinha conhecimento ainda sobre o sigilo do processo. “Da minha parte não houve nenhum pedido para que o processo se tornasse sigiloso”.
Claudinho Serra é réu por fraudes em Sidrolândia
Em 19 de abril, o juiz aceitou a denúncia do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e Claudinho Serra e outras 21 pessoas tornaram-se réus no processo que investiga as fraudes no Município.
O parlamentar da Capital é genro da prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo (PP), e foi detido com outras sete pessoas na terceira fase da Operação Tromper, em 3 de abril.
“Estão presentes prova da materialidade dos crimes, bem como indícios suficientes da autoria delitiva. A denúncia preenche os requisitos previstos no artigo 41 do Código de Processo Penal, e não se vislumbram, nessa fase, as hipóteses de rejeição previstas no artigo 395 do referido Codex. Assim, recebo a denúncia”, afirma o magistrado na interlocutória.
Operação Tromper
Nas duas primeiras fases da Operação Tromper, os agentes investigaram corrupção na Prefeitura de Sidrolândia, cidade distante 70 quilômetros de Campo Grande. Segundo o Gecoc (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), houve conluio entre empresas que participaram de licitações e firmaram contratos com a Prefeitura de Sidrolândia, que somados chegam a valores milionários.
Também houve investigação da existência de uma organização criminosa voltada a fraudes em licitações e desvio de dinheiro público, bem como o pagamento de propina a agentes públicos, inclusive em troca do compartilhamento de informações privilegiadas da administração pública.
Com a informação o Midia Max.