Vereador de Campo Grande é investigado pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) em operação que apura atuação do político quando era secretário na prefeitura de Sirdrolândia (MS)
O vereador de Campo Grande Claudinho Serra (PSDB) conseguiu liberdade 23 dias após ser preso em operação que apura o envolvimento do político em esquema de corrupção na prefeitura de Sidrolândia (MS). O habeas corpus foi expedido, nesta sexta-feira (26), pelo desembargador José Ale Ahmad Netto.
A investigação identificou o rombo de R$ 15 milhões aos cofres públicos, à época que Claudinho era secretário na prefeitura de Sidrolândia. O vereador conseguiu o HC, mediante o uso de tornozeleira eletrônica.
Além do uso de tornozeleira, o vereador deve comparecer mensalmente à Justiça. Na avaliação do relator do caso, a prisão preventiva foi fundamentada. No entanto, Claudinho segue “o preenchimento dos requisitos para a obtenção do benefício da liberdade provisória com a fixação de medidas cautelares alternativas”.
“Decisão é a confirmação daquilo que afirmamos desde o início, ou seja, de que a prisão preventiva era uma medida excessiva e desnecessária para o caso”.
Disse o advogado Tiago Bunning, em nota.
Desvio de R$ 15 milhões
O Ministério Público de Mato Grosso do Sul, em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) e do Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC), prendeu Claudinho no dia 3 de abril.
O parlamentar atuou entre abril a dezembro de 2021 como diretor-presidente da Fundação Municipal de Esportes (Funesp) de Campo Grande. Depois, assumiu a Secretaria Municipal de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica de Sidrolândia. Claudinho Serra é genro da prefeita do município, Vanda Camilo (PP).
Segundo o Ministério Público, essa nova fase da Tromper confirmou a existência de uma organização criminosa voltada a fraudes em licitações e contratos administrativos com a Prefeitura Municipal de Sidrolândia, bem como o pagamento de propina a agentes públicos municipais.
Ainda segundo a investigação, foi identificada uma nova ramificação da organização criminosa, atuante no ramo de engenharia e pavimentação asfáltica. Até o momento foi identificado rombo de R$ 15 milhões aos cofres públicos.