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Técnicos-administrativos da UFMS mantém greve e pedem recomposição de carreira e reajuste

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Foto: Marcos Maluf
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Representantes do Ministério da Gestão e de Inovação em Serviços Públicos (MGI) anunciaram a proposta de abrir 60 mesas setoriais de negociação com diversas categorias de servidores públicos federais. Essas mesas se somarão a outras negociações específicas já em curso desde o ano passado. O objetivo é discutir, de maneira individualizada, recomposição salarial e reestruturação com cada carreira, atendendo a uma demanda dos próprios servidores.

A decisão foi tomada durante a reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP), realizada na tarde desta quarta-feira (10), em Brasília, onde estiveram presentes integrantes do governo e representantes de sindicatos e associações de servidores públicos do Poder Executivo Federal.

Uma das pautas debatidas foi a cláusula de um termo de compromisso apresentado pelo governo, que previa a suspensão das negociações em caso de paralisações ou greves no serviço público. Após pressão das entidades, essa cláusula foi retirada, conforme informou o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate).

Por parte do governo, foi reafirmada a proposta de reajuste dos auxílios e benefícios já a partir de maio, porém sem reajuste salarial este ano. Em relação aos benefícios, o auxílio-alimentação passaria de R$ 658 para R$ 1 mil; o auxílio-saúde, de R$ 144 para R$ 215 por dependente; e o auxílio-creche, de R$ 321 para R$ 484,90.

Entretanto, a decisão de não oferecer reajuste salarial linear para todas as categorias neste ano gerou controvérsias. O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) criticou a proposta, argumentando que ela fragmenta a negociação e enfraquece as posições das categorias.

A mobilização dos professores das universidades e instituições federais entra em uma semana decisiva a partir de 15 de abril, com algumas já em greve e outras em estado de mobilização.

Em Campo Grande a manifestação teve início às 6h desta quinta-feira (11) com a realização de uma panfletagem no campus da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e Hospital Universitário.

De acordo com Lucivaldo Alves dos Santos, coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Fundação UFMS e IFMS (Sista-MS), a categoria reivindica o reajuste referente aos anos de 2024 a 2026 e a valorização dos trabalhadores.

“Propusemos desde a semana passada a realização de atividades diferenciadas, em relação ao nosso movimento. A categoria está reivindicando um reajuste salarial referente aos anos de 2024 a 2026 e a valorização dos trabalhadores. Ontem tivemos uma reunião com o governo federal. Nessa reunião, discutimos a possibilidade da implantação dos auxílios alimentação, saúde e creche, já para o mês de maio/junho, nos salários dos trabalhadores ativos”, explicou.

Lucivaldo explicou ainda que, quando o governo apresentou a proposta, a categoria não fez nenhuma objeção. “A única coisa que cobramos do governo é que o auxílio saúde seja revertido, pelo menos em parte, para o pessoal inativo. Então, ontem o governo apresentou a proposta e agora vamos levar às bases para negociação”, finalizou.

Ana Maria, técnica em assuntos educacionais, falou sobre a importância do movimento e ressaltou que a manifestação se trata de um pedido recomposição de carreira.

“A importância do nosso movimento é pela recomposição da nossa carreira, que até então estava equivocada, porque algumas categorias vinham sendo prejudicadas. Esse movimento é acima de qualquer coisa, a tentativa de equiparar, corrigir injustiças, mostrar ao governo que somos democráticos mas queremos respeito para poder desenvolver nosso trabalho da melhor maneira possível, no atendimento à população. A União Nacional dos Estudantes (UNE) se juntará conosco em Brasília, no dia 18. O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES), que é a representação nacional da categoria docente, vai se juntar ao nosso movimento, que existe nas universidade desde meados de março, e a UNE se propôs a vir, porque, a nossa questão não é salarial e sim a educação” finalizou.

De acordo com a organização, em Campo Grande, aproximadamente 300 servidores participam da manifestação que também ocorreu nos campus da instituição nos municípios de Paranaíba, Chapadão do Sul, Coxim, Aquidauana, Três Lagoas e Corumbá.

Com informações da repórter Inez Nazira.