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Drones se tornam indispensáveis no combate a incêndios no Pantanal de MS

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Bombeiros militares utilizam drones em combate aos incêndios - Bruno Rezende/Governo de MS
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Em Mato Grosso do Sul, os bombeiros vêm se adaptando às mudanças climáticas para enfrentar os incêndios no Pantanal e contam com o auxílio da tecnologia para realizar os trabalhos. Os drones, por exemplo, se tornaram uma ferramenta indispensável para os militares.

Este ano, dez novos aparelhos com câmeras em alta definição foram comprados para reforçar o trabalho do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, conforme explica o cabo Victor Barbosa Lima. 

“A gente consegue fazer um acompanhamento em tempo real. A gente consegue medir, por exemplo, a extensão do fogo e orientar a equipe que está em solo combatendo.”

O que também aumentou foi o número de equipes de treinamento, que subiram de três para seis. São militares que levam conhecimento de combate a incêndio para o Exército, institutos ambientais e comunidades ribeirinhas.

 “Não só na fase de resposta a gente tem que estar atuante, mas, principalmente, na fase de prevenção. Então, ano após ano, a gente vem estudando quais dinâmicas dão melhores resultados. E a gente entendeu que a parte preventiva é essencial.”, enfatiza a tenente Tatiane Inque.

Mais vinte veículos vão reforçar a frota. Quatro aeronaves estão de prontidão. Uma central com imagens via satélite acompanha em tempo real os focos de calor pelo estado.

Essa preparação antecipada para o combate a incêndios no Pantanal é comum. O que está diferente este ano é o volume de equipes, equipamentos e as estratégias de ações. As mudanças, segundo os bombeiros, são para se adaptar às alterações do clima, que, ano após ano, vêm tornando cada vez mais difícil o enfrentamento ao fogo no bioma.

A tenente Tatiane lembra que nos últimos 5 anos o estado tem enfrentado temporadas de incêndios florestais muito severas devido às mudanças climáticas. “Então, são mais dias sem chuvas, altas temperaturas, velocidade dos ventos até acima dos 65km/h. E isso tem levado a gente, ano após ano, a reestruturar e replanejar todas as nossas possibilidades enquanto corpo de bombeiros e também no comitê do fogo que a gente tem aqui em Mato Grosso do Sul.”

No ano passado os incêndios destruíram um milhão e 557 mil hectares no Pantanal – equivalente a um milhão e 557 mil campos de futebol – quase 400% (391%) a mais que em 2022 segundo o sistema Alarmes do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da UFRJ e não há previsão de chuva para os próximos meses no bioma.

Segundo Guilherme Alves, meteorologista da Climatempo, a tendência para o outono é de que as temperaturas sigam acima da média. “O El Niño vai seguir influenciando esses dois primeiros meses – abril e maio. E a tendência, principalmente no Pantanal, é que as temperaturas fiquem acima da média ao longo dos próximos meses. Desde o começo de 2024, a gente teve três ondas de calor interessantes que elevaram as temperaturas; quando olhamos para a chuva, a tendência para o outono é de chuva abaixo da média e já vimos essa característica ao longo do verão.”, explica.

Com a informação o Primeira Pagina.

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