Mãe da vítima foi a primeira testemunha a ser ouvida
Começou na manhã desta quarta-feira (20) o julgamento do assassino confesso do pesquisador Danilo Cezar de Jesus, morto a pedradas em março do ano passado em Campo Grande, aos 29 anos.
O guardador de carros Railson de Melo Ponte, 27 anos, está preso pelo crime desde 5 de março.
onforme relatório assinado pelo delegado José Roberto de Oliveira Junior, da DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, Railson abordou a vítima em frente a uma boate na região da Esplanada Ferroviária e a atraiu até terreno na avenida Cândido Mariano, no centro da Capital. No local, após uns minutos, o guardador de carros matou Danilo a pedradas.
O acusado sustentou inicialmente que teria uma pessoa vendendo drogas, mas, de acordo com o relatória da Polícia Civil, vídeos não identificaram movimentação de terceiros saindo ou entrando do terreno, como é de costume em pontos de entorpecentes.
Na conclusão do inquérito, a Polícia Civil chegou a apontar motivação homofóbica para o crime, diante da forma como o réu se referiu à vítima, porém a promotoria desconsiderou esse item ao apresentar a denúncia à Justiça.
Júri
A primeira testemunha ouvida foi a mãe do pesquisador, Maria Lúcia de Jesus. Ela conta que o filho não tinha o hábito de sumir ou sair sem avisar. No dia anterior ao crime, avisou que sairia com uns amigos, mas não retornou ao amanhecer.
O sinal de alerta foi acendido quando uma amiga do filho enviou mensagem perguntando se ele havia chegado bem em casa. Quando se deu conta do desaparecimento, foi direto à delegacia registar boletim de ocorrência.
O juiz responsável pelo caso é o titular da 2ª Vara do Tribunal do Júri, Aluízio Pereira dos Santos.