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Prefeitura vai locar 10 ambulâncias para Samu suprir demanda

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Cerca de 1/3 das viaturas estão encostadas.
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Com falta de ambulâncias de resgate e diversos relatos de demora no atendimento de ocorrências, a prefeitura de Campo Grande quer locar 10 veículos para o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para atender à demanda.

A abertura do pregão é uma das medidas da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) para amenizar os impactos à população. Inclusive, nesta quarta-feira (29), um enfermeiro em atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Santa Mônica usou uma cadeira de rodas para socorrer um adolescente que estava machucado e precisava de atendimento. A informação é de que não havia viaturas para prestar o socorro.

Ao Jornal Midiamax, a Sesau informou que o Ministério da Saúde não renovou a frota de veículos e mesmo com a compra de seis viaturas novas, “as ambulâncias possuem um tempo útil bem reduzido”.

“[…] o SAMU Campo Grande é o SAMU com o maior número de atendimentos no Brasil, levando-se em consideração a população local, atendendo aproximadamente o dobro de ocorrências em relação ao segundo colocado na pesquisa da revista Emergência”, diz nota enviada à reportagem.

Sobre o caso do adolescente, a central de regulação informou aos familiares que as viaturas estavam em outras ocorrências e que assim que uma fosse liberada seria encaminhada ao local. “A família do paciente […] foi até a unidade de saúde, que fica a uma quadra da residência, exigindo que a equipe da UPA fosse ao local com uma cadeira de rodas ou maca, para poder fazer o atendimento da criança”, traz o texto.

Corpo de Bombeiros enfrenta alta demanda

No dia 23 de novembro, a idosa Renilda Aparecida Paim da Silva, de 62 anos, morreu à espera de socorro após acidente no cruzamento das ruas Santo Augusto e Rosa Maria Couto, no Bairro Vida Nova, na Capital.

Familiares alegaram que ligaram 35 vezes para o socorro, que chegou mais de uma hora depois da colisão. Segundo a nora da vítima, após o acidente Renildo estava consciente, orientada e chegou a falar com o filho pelo celular, no entanto, não resistiu e morreu enquanto aguardava a chegada do socorro.

Sobre o acidente envolvendo a idosa, a Sesau informou no dia que o tempo entre o chamado e o óbito foi inferior a 30 minutos e que “em nenhum momento foi informado que não havia viatura disponível”.

Questionado pela reportagem sobre a falta de ambulâncias nesta segunda, o Corpo de Bombeiros informou que a média de viaturas para resgate são de quatro por dia. Entretanto, a corporação está enfrentando alta demanda de ocorrências.

“Esse número é normal, ou seja, não está abaixo. O que pode estar ocorrendo, que os civis estão com a impressão de estar em falta. E a demanda de ocorrência que está grande em alguns horários pontuais (horário de pico)”, explica à reportagem.