O coordenador técnico do Centro Especializado de Reabilitação da APAE de Campo Grande, Paulo Henrique Muleta Andrade, não teve a mesma sorte dos demais presos na Operação Turn Off, deflagrada na última quarta-feira (29). No plantão do Tribunal de Justiça, o desembargador Eduardo Rocha negou habeas corpus e manteve a prisão do dirigente.
Outros seis investigados, como os empresários Lucas de Andrade Coutinho e Sérgio Duarte Coutinho Júnior, e o ex-secretário estadual-adjunto da Educação, Édio Antônio Resende de Castro Broch, tiveram mais sorte e tiveram a prisão preventiva revogada pelo desembargador Emerson Cafure, relator da Operação Turn Off no TJMS.
Além de Paulo Henrique, a integrante de licitações da administração estadual, Simone de Oliveira Ramires Castro, que ainda não teve o pedido de HC analisado por Cafure, segue presa.
Eles são acusados de integrar organização criminosa especializada na prática dos crimes de fraude em licitações, peculato, corrupção passiva e ativa. Apenas na aquisição de ar condicionado pela Secretaria Estadual de Educação, o superfaturamento foi de R$ 4,6 milhões, segundo o GECOC (Grupo Especial de Combate à Corrupção).
Há indícios de fraude em licitação para aquisição de materiais e produtos hospitalares para pacientes da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Campo Grande. Os crimes foram cometidos com pagamento de propina a vários agentes públicos.
Paulo Henrique Muleta Andrade é fisioterapeuta com pós-doutorado pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). Além de coordenador técnico da APAE, ele é servidor público federal no Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian desde 2014.
Ele tem vínculo celetista com a Apae de Campo Grande desde 2014 e é bolsista da UFMS. Paulo Henrique também tem especialização em osteopatia.
Com a informação O Estado.