Na segunda semana com casos em alta e óbitos, secretaria recomenda ‘etiqueta respiratória’
Após um longo período de baixas nos casos de covid-19, Mato Grosso do Sul voltou a ter picos de casos registrados, com as duas últimas semanas em alta da doença. Para a SES (Secretaria de Estado de Saúde), é importante que a população volte a adotar práticas de “etiqueta respiratória” ao aparecimento de qualquer sintoma de doença viral.
De acordo com o último boletim epidemiológico, divulgado na terça-feira (21), a semana 46/2023 registrou 416 casos da doença. Já a semana anterior foi de alta, com 709 pessoas infectadas. O alerta surge quando analisamos os dias anteriores, sendo que a máxima foi de 383 e o menor registro ficou em 117.
Conforme nota enviada ao jornal O Estado MS, a SES atribui esse pico ao surgimento de novas variantes do coronavírus. Além disso, a baixa cobertura vacinal, diminuição das medidas de prevenção e o impacto de eventos com aglomeração de pessoas resultam nesse aumento de casos identificados nas últimas semanas.
A média de óbitos pela doença está sendo de três pessoas por semana, sendo que os dois últimos foram em Ponta Porã. A secretaria afirma que as mortes pela doença estão sendo, em sua maioria, por pessoas com o esquema vacinal incompleto, idosos e quem possui comorbidades.
Por isso, a prática de atitudes preventivas é essencial. “A população deve procurar o serviço de saúde mais próximo de sua residência ao início de sintomas como febre, tosse, coriza e dor de garganta. Reforçar a prática da etiqueta respiratória, utilizar máscaras se estiver com sintomas respiratórios e evitar contato principalmente com pessoas nos extremos de idade”, conclui a nota.
Onde fazer o teste?
Em todo o Mato Grosso do Sul, os testes podem ser agendados pelo site www.saude.ms.gov.br/ exame-covid-19. O exame é do tipo que coleta secreção do nariz e é indicado para adultos sem limite de idade e crianças a partir de 12 anos.
Desde o início da campanha vacinal, o coronavírus perdeu força em todo o mundo. Mato Grosso do Sul chegou a registrar 7,3 mil mortes pela doença, em 2021. Neste ano, 188 pessoas foram vítimas do vírus. Atualmente, no quarto ano de enfrentamento, foram registrados 619,4 mil casos no Estado, com 11.143 mortes.
Chuva melhora qualidade do ar em Campo Grande
Nas últimas semanas, fumaças vindas do Pantanal tomaram conta de diversas cidades de Mato Grosso do Sul, situação que ampliou a recomendação pela retomada do uso de máscaras em algumas regiões do Estado, tais como a Capital e o Pantanal. Cabe lembrar que a qualidade do ar impacta diretamente na proliferação de doenças respiratórias. Na edição do último domingo (19), o jornal O Estado noticiou que especialista recomendou o uso de máscaras na região pantaneira pela baixa qualidade do ar.
Nesta quarta-feira (22), o professor e doutor em geografia Waldinei Alves Fernandes, enfatizou que a qualidade do ar melhorou. Questionado sobre o uso das máscaras, disse: “Não precisa usar máscara quando a qualidade do ar sai de ruim para bom. No último domingo (18), tivemos a recomendação do uso de máscaras”, avaliou.
Após dias de céu encoberto pela fumaça das queimadas do Pantanal, o especialista confirmou que qualidade do ar em Campo Grande saiu de ruim para boa ontem (22). “Devido a uma pequena garoa que caiu na cidade, a qualidade apresentou uma leve melhora”, finalizou o professor.
Conteúdo retirado do O Estado.