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Prefeitura busca novo parceiro para reduzir dependência da Santa Casa

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Prefeita Adriane Lopes, entre o titular da Saúde, Sandro Benites, e a secretária-adjunta Rosana Leite - MARCELO VICTOR
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Campo Grande pretende recorrer a parceria público-privada para construir hospital, ao custo de cerca de R$ 200 milhões, que terá atendimento pelo SUS, mas empresa privada receberá por consultas

A Prefeitura de Campo Grande ontem anunciou que pretende iniciar neste ano a construção de um hospital municipal com 250 leitos de capacidade. A ideia é que o prédio seja construído por meio de uma parceria público-privada (PPP) e que a empresa responsável receba por meio de contratualização quando o local estiver em funcionamento.

A medida aumenta o número de vagas de alta complexidade e reduziria a dependência de outros hospitais públicos, como a Santa Casa de Campo Grande, que continuará como o maior centro médico de Mato Grosso do Sul.

De acordo com o titular da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), Sandro Benites, ele e a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), estiveram em algumas capitais do País onde existe esse modelo para avaliar essa possibilidade.

“A gente pesquisou em outros lugares, eu estive na Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro e de Curitiba, e a prefeita esteve em Salvador. E a gente estudou se é viável para Campo Grande essa parceria, e ela se mostrou muito mais rápida e muito mais eficiente”, disse Benites ao Correio do Estado.

No caso de Salvador (BA), o Hospital do Subúrbio (HS) foi a primeira PPP na área da saúde pública no Brasil. O local foi inaugurado em 2010. Quem construiu a unidade foi o Estado, e o consórcio que administra o hospital, formado pelas empresas Promédica (baiana) e Dalkia (francesa), atual Vivante, aparelhou, equipou e mobiliou o local.

“As PPPs têm sido um modelo de gestão no País, nós pesquisamos em outros estados e capitais onde já deram certo, como Salvador, que é referência nacional e já tem seu hospital nessa mesma parceria. E aí nós buscamos o nosso conceito, o que atenderia à demanda de Campo Grande”, declarou a prefeita.

No caso da capital sul-mato-grossense, a ideia é que essa empresa que for selecionada, por meio de edital público de manifestação de interesse, faça a construção do local, além que equipá-lo, contratar pessoal e administrar a unidade.

Conforme Benites, essa forma de parceria traria uma agilidade maior para que a obra saia finalmente do papel.

“Teve uma licitação nossa para construir uma unidade de saúde, que era para ser entregue em dezembro de 2012 e foi entregue em dezembro de 2022. Com a parceria privada fica muito mais interessante, muito mais rápido, por isso eu me arrisco a falar 12 meses, porque as empresas já fizeram isso nas outras capitais e deu certo em 12 meses”, alega o secretário.

O nome da empresa, no entanto, ainda não foi definido, garante Benites, porém, segundo informações do Correio do Estado, já há conversas adiantadas com alguns grupos que fizeram parcerias parecidas em outras capitais.

“Há quanto tempo a gente não houve falar disso, as pessoas ficam às vezes horas esperando dentro da UPA, dias esperando por uma vaga na Santa Casa e no Regional, só que agora não, nós vamos fazer uma coisa rápida e nós vamos desafogar a Santa Casa e os outros hospitais contratualizados”, disse o secretário de Saúde.

A ideia de implantar um hospital municipal na Capital já existe há mais de 10 anos e nunca saiu do papel por esbarrar na falta de recursos para sua construção.

“A gente procurou outros hospitais até mesmo para a gente comprar, mas ficou inviável, o mais barato para a população [será a PPP]. O Hospital da Criança, por exemplo, que está à venda, não suporta, ele tem menos de 50 leitos, a gente precisa de um hospital com no mínimo 250 leitos, com capacidade para aumentar para até 500 leitos. O El Kadri pediu R$ 400 milhões, então é mais barato e rápido a gente construir”, explica o titular da Sesau.

O projeto, de acordo com a prefeita de Campo Grande, é estudado desde o ano passado pela Secretaria Municipal de Saúde. 

O próximo passo deverá ser a divulgação do terreno onde o hospital deverá ser construído. Benites alega que há três áreas em estudo e que ainda neste mês o endereço do novo hospital será definido.

“A gente precisa de uma região de fácil acesso à população e uma saída de ambulância. Nós vamos ter um heliponto também, para fazer uma evacuação mais rápida, já que a gente firmou parceria com a Polícia Rodoviária Federal [PRF] e vai ter um helicóptero à disposição do Samu. Tem dee ser uma área de, no mínimo, 10 mil metros quadrados até 20 mil m² e próximo à região central”, disse.

O secretário de Saúde não quis adiantar quais seriam os locais em estudo, porém, na gestão passada já havia um terreno reservado, localizado na saída para Três Lagoas, em uma das entradas do Parque dos Poderes, mas não há confirmação de que esta área segue entre as estudadas pela atual administração.

Sandro Benites ainda acrescentou que, assim que for definido o local, será publicado o chamamento público para que empresas interessadas na construção e no gerenciamento da unidade se cadastrem. Depois de escolhido o parceiro, as obras devem ter início. “Este ano começa a construção”.

Conforme a ideia divulgada pela prefeitura, a proposta é de que o hospital tenha 250 leitos, 25 salas de diagnóstico, 10 salas no centro cirúrgico e capacidade para atender até 1.500 pessoas por mês.

Conteúdo retirado do Correio do Estado.

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