No ano, 36 pessoas morreram vítimas da doença e outros oito óbitos estão em investigação
Na última semana, duas pessoas morreram vítimas de dengue em Mato Grosso do Sul. Com isso, o número de vítimas de doença neste ano subiu para 36 no Estado.
De acordo com boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), além das mortes confirmadas, há outras oito em investigação por suspeita da dengue.
Ambas as vítimas eram mulheres, sendo uma de 64 anos, moradora de Novo Horizonte do Sul, que tinha hipertensão arterial e diabetes, e uma de 39 anos, residente em Juti, sem comorbidades.
As mortes ocorreram em maio e junho, respectivamente, e estavam em investigação, tendo sido confirmadas nesta semana como dengue.
No ano passado, 24 morreram pela doença.
O boletim traz dados até o dia 29 de julho. Nessa semana de referência, foram confirmados 526 casos de dengue.
Desde o início do ano, o Estado soma 37.160 casos confirmados de dengue, número já superior ao registrado durante 12 meses do ano passado, quando foram 21.328 em todo o ano.
Além disso, há 47.731 casos notificados como prováveis de dengue.
Ainda conforme o boletim epidemiológico, dos 79 municípios do Estado, 74 estão em alta incidência de dengue.
É considerada alta incidência quando o município registra acima de 300 casos por 100 mil habitantes.
Mais letal
Reportagem publicada pelo Correio do Estado aponta que este ano já registrou o segundo maior número de óbitos por dengue, no entanto, a velocidade entre eles está mais acelerada.
Nos últimos 10 anos, 2020 foi o que registrou o maior número de mortes, com 42 óbitos. Entretanto, como os dados de 2020 são relativos aos 12 meses do ano, significa que uma pessoa morreu a cada 10 dias pela doença naquele período.
Neste ano, porém, os dados são referentes ao período que compreende de janeiro até o dia 29 deste mês, isto é, 211 dias. Nesse período, uma morte ocorreu a cada cinco dias em Mato Grosso do Sul
Saiba
De acordo com o Ministério da Saúde, as infecções por dengue, chikungunya e zika, transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, podem, ainda, resultar em várias síndromes clínicas, desde doença febril branda até febres hemorrágicas e formas neuroinvasivas, que podem ser casos agudos de encefalite, mielite, encefalomielite, síndrome de Guillain-Barré ou de outras síndromes neurológicas centrais ou periféricas diagnosticadas por médico especialista.
Vacina
Aprovada em março deste ano pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a vacina contra a dengue já está disponível na rede privada de saúde.
Conforme reportagem do Correio do Estado, pesquisa feita no fim de junho apontava que a dose da vacina custa entre R$ 475 e R$ 650 em Campo Grande.
De responsabilidade da farmacêutica japonesa Takeda e reconhecido como Qdenga, o produto possui eficácia de 80% contra o vírus.
Por definição da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a vacina deverá ser administrada via subcutânea em esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações.
Até o momento, o Ministério da Saúde não definiu se a vacina será disponibilizada no Sistema Único de Saúde (SUS). Para que isso aconteça, o produto deve passar por avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) em processo com ao menos seis meses.
Conteúdo retirado do Correio do Estado.