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Jamilzinho deve ficar pelo menos mais 4 anos em regime fechado

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FOTO:CORREIO DO ESTADO
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Apesar dos 46 anos totais de prisão a que Jamil Name Filho foi sentenciado, a progressão de regime por bom comportamento reduz o tempo de encarceramento

Com a condenação de Jamil Name Filho, o Jamilzinho, de 46 anos, a 23 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de homicídio duplamente qualificado e posse ilegal de arma de fogo, em julgamento pela morte do acadêmico de Direito Matheus Coutinho Xavier, o réu, em decorrência de outras três condenações em primeira instância, soma agora 46 anos de prisão sentenciados pela Justiça.

Porém, todos esses anos de pena não devem ser cumpridos em regime fechado, isso porque a lei garante ao detento a progressão de regime por bom comportamento. Com isso, Jamil Name Filho tem direito a cumprir um sexto da pena em regime fechado, o que significa que, com a sentença que ele tem hoje, seriam 7 anos e 6 meses.

Levando em consideração que o condenado já vem cumprindo a sua pena desde o fim de 2019, quando foi preso na Operação Omertà, há 3 anos e 10 meses, Jamilzinho ainda terá de cumprir 3 anos e 8 meses de reclusão em regime fechado antes de ser transferido para uma prisão de regime semiaberto e, posteriormente, no aberto.

Mesmo sendo condenado por homicídio duplamente qualificado, segundo advogado consultado pelo Correio do Estado, Jamilzinho deve cumprir um sexto da pena em regime fechado, como diz a lei.
Ainda não se sabe se a pena total de Jamilzinho será de 46 anos, porque ele é acusado por diversos crimes, entre eles, chefiar organização criminosa e ser o mandante de outro homicídio, e responderá por esse processo no Tribunal do Júri.

CONDENAÇÕES

Desde a morte de Matheus Teixeira Xavier, de 19 anos, no dia 9 de abril de 2019, Jamilzinho já sofreu três condenações em primeira instância, que se somaram aos 23 anos e 4 meses de prisão em sua sentença. 
Em dezembro de 2020, Jamil Name Filho foi condenado a 4 anos e 6 meses de prisão acusado de ser proprietário de um arsenal de 26 armas.

O armamento estava em um imóvel residencial no Bairro Monte Líbano, na região central de Campo Grande, que pertencia à família Name.

E justamente por conta desta casa é que Jamil Name Filho foi condenado a outros 12 anos e 8 meses de prisão no fim de junho de 2022. 

Conforme a denúncia do Ministério Público acatada pela Justiça, o imóvel foi tomado à força de um casal que havia tomado um empréstimo de R$ 80 mil com a família Name, que durante décadas agiu impunemente com agiotagem em Campo Grande.

Depois que ele foi preso, em setembro de 2019 na Operação Omertà, sob a acusação de chefiar grupo de extermínio, o casal denunciou este caso. 

Além da pena de quase 13 anos, Jamilzinho foi condenado ao pagamento de indenização de ao menos R$ 1,7 milhão ao casal.

A terceira condenação de Jamil Name Filho veio no fim de julho do ano passado, dessa vez a mais 6 anos de cadeia. 

A Justiça aceitou a denúncia de organização criminosa porque ele tinha a seu serviço um pequeno batalhão de pistoleiros para executar uma série de crimes.

EM ANDAMENTO

O principal processo que ainda tramita na Justiça contra Jamil Name Filho é a acusação de que ele teria sido o mandante da execução de Marcel Colombro, o Playboy da Mansão, assassinado em um bar na Avenida Fernando Corrêa da Costa, no dia 18 de outubro de 2018.

Jamil está sendo acusado com outros cinco subalternos, entre eles, o ex-guarda municipal Marcelo Rios, apontado como uma espécie de gerente do grupo de pistolagem.

Na denúncia, o Ministério Público diz que “segundo apurado, a vítima Marcel Costa Hernandes Colombo e o denunciado Jamil Name Filho se desentenderam em uma casa noturna da cidade, oportunidade em que Marcel Colombo desferiu um soco no nariz de Jamil Name Filho”.

O motivo desse desentendimento foi informado em depoimento do ex-policial militar Paulo Teixeira durante o julgamento da morte de Matheus. 

Segundo Paulo Teixeira, o desentendimento ocorreu porque Marcel Colombo “pegou cubos de gelo que estavam na mesa do Jamilzinho para jogar em tom de brincadeira em outros indivíduos que estavam na festa”. 

O crime deverá ser julgado pelo Tribunal do Júri, porém, ainda não tem data para acontecer. Jamilzinho ainda é acusado de liderar, com o pai, Jamil Name, um núcleo de organização criminosa voltado ao jogo do bicho, sobre a qual, segundo o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), com a deflagração da Operação Omertà, foi constatada uma série de novos crimes com o resultado das buscas e apreensões. 

Por causa disso, foi feita a suspensão das atividades financeiras e econômicas da empresa Pantanal CAP. O caso segue em investigação.

SAIBA

Após as condenações de Jamilzinho, Vladenilson e Marcelo Rios, por terem sido os mandantes do assassinato por engano de Matheus Coutinho Xavier, a defesa dos três réus, após leitura da sentença final feita pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos, recorreu da decisão.

Conteúdo retirado do Correio do Estado.