Ex-oficial da Polícia Militar de MS perde a graduação, mas não a remuneração mensal de R$ 15 mil
Decreto estadual de número 970, publicado no Diário Oficial de Mato Grosso do Sul, edição desta sexta-feira (21), tirou a patente de capitão da Polícia Militar, de Paulo Roberto Teixeira Xavier, o PX, nome divulgado à exaustão nesta semana pela imprensa sul-mato-grossense.
O ex-oficial perde a graduação, mas não o salário mensqal, que gira em torno de R$ 15 mil.
PX, já reformado (o mesmo que aposentado desde 2017), é pai do então acadêmico de Direito, Matheus Xavier, morto assassinado, aos 20 anos de idade, em abril de 2019, em Campo Grande.
O crime contra rapaz voltou a ser comentado na cidade porque os acusados foram julgados de segunda-feira a quarta-feira, no mais demorado julgamento da história de MS. O trio foi condenado a mais de 60 anos.
Pelo processo judicial, Jamil Name Filho, o Jamilzinho, líder de organização criminosa, mandou matar PX, seu desafeto, mas o dois pistoleiros contratados erraram o alvo e executaram o acadêmico, filho do ex-oficial reformado. Matheus foi morto com tiros disparados de fuzis AK47.
Diz o decreto que afasta de vez a patente de PX, assinado pelo governador de MS, Eduardo Riedel, do PSDB:
“DECLARAR a perda do posto e da patente do Capitão QOPM Reformado Paulo Roberto Teixeira Xavier, matrícula nº 9781021, sem repercussão em seus proventos decorrentes da sua passagem para a inatividade, em cumprimento a decisão judicial proferida nos autos nº 407034-41.2017.8.12.0000, pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul”.
O processo em questão, tem a ver com uma operação policial posta em prática em 2009, ano que uma organização ligada à maquinas caça-níqueis foi presa, PX um deles.
Na prática, o decreto nada influi na vida do então oficial, que depos contra o trio condenado pela morte do filho, já que a medida não mexe em seu salário.
Conteúdo retirado do Correio do Estado.