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Decreto tira patente de PX, agora ex-capitão, pai do acadêmico fuzilado a mando de Jamilzinho

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Paulo Xavier foi preso em 2009 por suposta ligação com organização que mexia com caça-níquel, daí a perda da patente - Marcelo Victor
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Ex-oficial da Polícia Militar de MS perde a graduação, mas não a remuneração mensal de R$ 15 mil

Decreto estadual de número 970, publicado no Diário Oficial de Mato Grosso do Sul, edição desta sexta-feira (21), tirou a patente de capitão da Polícia Militar, de Paulo Roberto Teixeira Xavier, o PX, nome divulgado à exaustão nesta semana pela imprensa sul-mato-grossense. 

O ex-oficial perde a graduação, mas não o salário mensqal, que gira em torno de R$ 15 mil.

PX, já reformado (o mesmo que aposentado desde 2017), é pai do então acadêmico de Direito, Matheus Xavier, morto assassinado, aos 20 anos de idade, em abril de 2019, em Campo Grande.

O crime contra rapaz voltou a ser comentado na cidade porque os acusados foram julgados de segunda-feira a quarta-feira, no mais demorado julgamento da história de MS. O trio foi condenado a mais de 60 anos.

Pelo processo judicial, Jamil Name Filho, o Jamilzinho, líder de organização criminosa, mandou matar PX, seu desafeto, mas o dois pistoleiros contratados erraram o alvo e executaram o acadêmico, filho do ex-oficial reformado. Matheus foi morto com tiros disparados de fuzis AK47.

Diz o decreto que afasta de vez a patente de PX, assinado pelo governador de MS, Eduardo Riedel, do PSDB:

“DECLARAR a perda do posto e da patente do Capitão QOPM Reformado Paulo Roberto Teixeira Xavier, matrícula nº 9781021, sem repercussão em seus proventos decorrentes da sua passagem para a inatividade, em cumprimento a decisão judicial proferida nos autos nº 407034-41.2017.8.12.0000, pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul”.

O processo em questão, tem a ver com uma operação policial posta em prática em 2009, ano que uma organização ligada à maquinas caça-níqueis foi presa, PX um deles.

Na prática, o decreto nada influi na vida do então oficial, que depos contra o trio condenado pela morte do filho, já que a medida não mexe em seu salário.

Conteúdo retirado do Correio do Estado.