Search
Picture of Informativo

Informativo

Yeltsin repete Tóquio 2020 e é ouro em Mundial

Picture of Informativo

Informativo

Yeltsin Jacques foi ouro no Mundial de Paris, ao lado do guia Edelson Ávila - Foto: Alessandra Cabral/CPB
Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram

Sul-mato-grossense brilha nos 1500 m e ganha segunda medalha em Paris

Doze horas após conquistar 10 medalhas em um único dia, o Brasil manteve o embalo e conquistou duas medalhas, sendo um ouro e uma prata, no começo da quinta-feira (madrugada em MS), no Mundial de atletismo paralímpico, em Paris, na França. O sul-mato- -grossensse Yeltsin Jacques foi o campeão da prova dos 1.500 m da classe T11 (deficiência visual), e repetiu seu feito nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, quando venceu a mesma disputa. Já a baiana Raissa Machado ficou no segundo lugar no lançamento de dardo da classe F56 (que competem sentados) e também assegurou mais um pódio ao Brasil. Com isso, o país continua na vice-liderança do quadro geral de medalhas da competição, com 22 pódios no total, sendo oito ouros, seis pratas e oito bronzes. Os brasileiros estão somente atrás da China, com 24 no total – 11 ouros, sete pratas e seis bronzes. O Brasil está representado por 54 atletas de 19 Estados e 11 atletas-guia na competição. O Mundial de atletismo de Paris é o primeiro da modalidade após os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 e acontece no Estádio Charlety. O local tem capacidade para 20 mil pessoas e pertence ao clube de futebol Paris FC, da segunda divisão francesa. Yeltsin bate recorde A primeira medalha de ouro do Brasil no dia aconteceu na prova dos 1.500 m da classe T11 (atletas com deficiência visual). O sul-mato-grossense, que havia conquistado o bronze nos 5.000 m, chegou no primeiro lugar nos 1.500 m e ainda bateu o recorde da competição, com 4min03s83. A prata ficou com o japonês Kenya Karasawa, com 4min08s26, e o bronze, com o polonês Aleksander Kossa Kowski, que finalizou em 4min08s34. “Muito feliz com o resultado. Sensação de missão cumprida. Não estava muito em ritmo de competição, mas conseguimos fazer um bom trabalho junto com toda a nossa equipe multidisciplinar. A rivalidade com o japonês [Kenya Karasawa] é muito boa dentro da pista, porque somos amigos fora dela”, afirmou o paratleta, que nasceu com baixa visão.

“Eu fiquei na frente o tempo todo, mas sabia que ele viria atrás. Mas meu biotipo e minha genética me ajudam bastante, consigo ser rápido na chegada. Eu sabia que se chegasse nos últimos 500 metros na frente, dificilmente perderia. Agora é ajustar os detalhes para os próximos desafios. No ano que vem, teremos dois ouros aqui em Paris, se Deus quiser”, acredita o campo-grandense de 31 anos.

Outro brasileiro envolvido nessa final, o paulista Júlio César Agripino, não completou a prova porque a guia (tipo de cordão que une o atleta e o atleta-guia) quebrou logo após a largada.

Mais sobre o medalhista

História: Yeltsin nasceu com baixa visão. Ele conheceu o atletismo ajudando um amigo, totalmente cego, a correr. Então, começou a treinar junto com ele para competir e iniciou sua carreira nas Paralimpíadas Escolares em 2007. Principais conquistas: Ouro nos 5.000 m e nos 1.500 m nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020; ouro nos 1.500 m nos Jogos ParapanAmericanos de Lima 2019; ouro nos 1.500 m e bronze nos 5.000 m dos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015; prata nos 1.500 m e bronze nos 800 m no Mundial de 2013, na França.

Conteúdo retirado do O Estado.