Major Carvalho, megatraficante de Mato Grosso do Sul, preso na Bélgica receberia R$ 1,3 milhão em aposentadorias atrasados, mas Justiça Federal do Paraná, que o caça, bloqueou valor
O megatraficante Sérgio Roberto de Carvalho, O Major Carvalho, conhecido como “Escobar Brasileiro”, poderia receber R$ 1,3 milhão da Agência Estadual de Previdência de Mato Grosso do Sul (Ageprev), dinheiro resultante do soldo que não foi pago entre os anos de 2011 e 2015, época em que ele não compareceu a uma prova de vida, por forjar o óbito para fugir das polícias brasileiras e internacionais, que sempre o caçaram por tráfico de cocaína.
O dinheiro não vai para a conta do major da reserva da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul por causa de algumas de suas condenações que ele têm no Brasil. A 14ª Vara Federal de Curitiba requisitou a penhora do montante, o que foi autorizado pelo Judiciário de Mato Grosso do Sul.
Os R$ 1,3 milhão que Carvalho faria jus por não ter recebido sua aposentadoria representam uma correção do valor que ele solicitou em mandado de segurança: R$ 516 mil.
Apesar de a ação tratar de R$ 1,3 milhão (pouco mais de 260 mil euros). Carvalho ficou ainda mais conhecido no continente europeu depois de uma fuga cinematográfica em Portugal no início da década, quando teria deixado para trás 11 milhões de euros escondidos em uma van em Lisboa. Um valor muito parecido (200 mil euros) ele pagou de fiança para deixar a prisão na Espanha, usando nome falso: Paul Waulter.
No ano passado, Sérgio Roberto de Carvalho foi encontrado na Hungria, aonde foi preso. Depois, foi extraditado para a Bélgica, um dos países que o caçava. O Brasil, seu país natal, é um dos países que também o quer preso.
Mesmo com toda a fortuna supostamente movimentada com o tráfico, Carvalho recebe uma aposentadoria de R$ 12,8 mil por mês paga pela Ageprev.
Conteúdo retirado do Correio do Estado.