O órgão busca viabilizar a instituição de reserva indígena e o reconhecimento dos Camba, residentes na aldeia urbana no bairro Cristo Redentor
O Ministério Público Federal (MPF) abriu um procedimento administrativo para acompanhar a possibilidade de demarcação de terra indígena ocupada pela etnia Camba, situada em Corumbá, município na fronteira com a Bolívia, distante cerca de 420 km de Campo Grande.
A sequência do estudo de demarcação foi oficializada nesta quarta-feira (28) no Diário Oficial do MPF. Em curso desde agosto de 2014, o processo acerca da demarcação se dá entre o Governo Federal e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).
O órgão busca viabilizar a instituição de reserva indígena e o reconhecimento dos Camba (Kamba ou Camba-Chiquitano) residentes na aldeia urbana no bairro Cristo Redentor. Segundo a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), o espaço é habitado por aproximadamente 110 pessoas.
No documento, a Funai destaca que o estudo é para viabilizar a proteção territorial em “benefício deste povo”.
O processo é de responsabilidade da 6ª Câmara de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais de Corumbá e foi assinado pela procuradora Samara Yasser Yassine Dalloul.
No último dia 14, o Governo Lula por meio do Ministério dos Povos Indígenas encaminhou a demarcação da terra indígena Ypoi Triunfo, da etnia Guarani Nhandeva, localizada em Paranhos, cerca de 460 km de Campo Grande.
O processo demarcatório do território de aproximadamente 20 mil hectares (19.756) habitado por cerca de 900 indígenas, será viabilizado por meio do Ministério dos Povos Indígenas, que enviará à pasta da Justiça os processos para a demarcação desta e de outras 12 terras indígenas no país.
Conteúdo retirado do Correio do Estado.