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Em dez anos, a dengue atingiu mortes em 63% dos municípios

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(Foto: Marcos Maluf)
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A expectativa é que a vacina aprovada pela Anvisa esteja disponível no SUS em um ano e meio

Transmitida por mosquitos do gênero Aedes aegypti, a dengue é uma doença viral grave que pode provocar a morte, se não tratada adequadamente. De 2013 para cá, foram 185 óbitos em Mato Grosso do Sul, tendo pico em 2020, com 42 mortes. Levantamento feito pelo jornal O Estado apontou que, pelo menos, 50 dos 79 municípios já registraram uma vítima, em decorrência da doença. Em um balanço da última década, é possível analisar os “altos e baixos” da doença, em MS. Em 2014, foram 4 mortes, enquanto no ano seguinte foram registradas 15 vítimas pela doença. Já em 2016, houve 18 mortes. Os anos 2017 e 2018 foram os com os menores números de vítimas da dengue, com 3 e 4 mortes, respectivamente. Nos anos posteriores foram: 2019, com 33; 2020, com 42; 2021,com 14 e 2022, com 24.

Somente neste ano, foram 28 vítimas no Estado, até o momento: janeiro, teve 1; fevereiro, 4; março, 12; abril, 8; maio, 3. No ranking em relação às 27 Unidades da Federação, MS ocupa a 10ª posição. Vale ressaltar que quanto mais alta a posição, maior é a incidência.

No histórico da Capital, o cenário aparenta ser mais controlado. Segundo dados da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), a pasta possui, neste momento, a série histórica desde 2015, quando foram registradas três mortes por dengue. “No ano seguinte, foram

quatro vítimas confirmadas, havendo então dois anos sem nenhuma morte registrada pela doença. No ano de 2019, quando foi a maior epidemia desta série histórica, com 44.986 casos notificados, a Capital registrou oito vítimas fatais. Em 2020, o município registrou, pela primeira vez, um segundo ano seguido de epidemia, sendo registradas sete mortes.” “Em 2021, foram três mortes por dengue. No ano passado, foram registrados, em Campo Grande, sete vítimas. Até o dia 20 deste ano, haviam sido confirmados, na Capital, três mortes por dengue”, acrescentou a Sesau.

De acordo com o infectologista da Unimed Campo Grande, Maurício Pompilio, a dengue, que é uma doença infecciosa causada pelo vírus do dengue, pode apresentar sinais de gravidade, geralmente quando o paciente já possui um quadro associado a outras doenças.

“Pessoas que já tenham doenças inflamatórias, como doenças reumatológicas, ou são portadoras de asma e outros tipos de alergia, extremos de idade, pessoas que apresentam doenças pulmonares, o próprio diabetes, doenças neurológicas, entre outras. Até mesmo a pessoa que já teve dengue uma vez, ela pode facilitar o agravamento da doença. O uso de medicamentos durante a doença, também pode agravar os sintomas, principalmente os anti-inflamatórios”, explicou ele.

O infectologista afirmou, ainda, que a Saúde tem esperança na nova vacina, de que ela possa impedir futuras vítimas pela doença. “Temos grande esperança nas novas vacinas contra a dengue. Uma das disponíveis no mercado, atualmente, não era adequada, pois precisava ter uma infecção prévia para que as taxas de proteção pela vacina, ou seja, da sua eficácia, fossem elevadas.”

Apesar de a vacina ser uma das soluções para frear os números alarmantes de casos, o imunizante, que estará disponível a partir do próximo mês na rede privada, no SUS (Sistema Único de Saúde), a previsão de chegada é para daqui a um ano e meio, conforme a presidente do Cosems/ MS (Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Mato Grosso do Sul) e secretária de Saúde de Vicentina, Josiane de Oliveira.

“O Ministério da Saúde está em tratativa para a aquisição e, segundo nos informaram, a disponibilidade pelo SUS ocorreria em, aproximadamente, um ano e meio, devido a trâmites de importação de um lote inicial, mas há intenção de trazer essa tecnologia para a Bio-manguinhos e a Fiocruz poderem produzir, no Brasil, o que traria um enorme ganho para a saúde. Estamos na torcida para que ocorra o quanto antes”, garantiu.

Embora a vacina possa ser uma das soluções para a dengue, o infectologista assegura que, ainda, é preciso tomar os cuidados e adotar os métodos já conhecidos para erradicar a doença. “É claro que devemos continuar atentos para o controle do vetor. O controle do mosquito é muito importante e todos devem colaborar, para que menos pessoas sofram com essa doença e famílias percam entes queridos”, finalizou.

Conteúdo retirado do O Estado.

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