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Com 60% de resultado, prefeitura paga clínicas terapêuticas, mas diz que tratamento é paliativo

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Com cracolândia na antiga rodoviária, prefeitura diz que sobram vagas disponibilizadas pela prefeitura em clínicas terapêuticas - Gerson Oliveira/Correio do Estado
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Na última semana, prefeita destinou R$ 4,9 milhões para 11 comunidades para manutenção de 315 vagas

Apesar de homologar um repasse milionários para comunidades terapêuticas de Campo Grande especializadas em recuperação de pessoas com dependência química, a prefeitura da Capital reconhece que este tipo de tratamento é apenas uma medida paliativa e que nem sempre tem eficácia total, já que a efetividade é de 60% dos casos. 

Ao Correio do Estado, a Secretaria Municipal de Direitos Humanos (DDHU) explicou que o encaminhamento para essas clínicas, que em sua maioria pregam a religião cristã como forma de recuperação do vício, é a única medida tomada para gerenciar este problema latente na Capital, que inclusive possui uma espécie de cracolândia na região da antiga rodoviária, no bairro Amambaí. 

De acordo com a pasta, a prefeitura paga por 315 vagas distribuídas em 11 clínicas, as quais recebem repasses da prefeitura para manter o atendimento para os ocupantes. Deste total, 15 são voltadas para pessoas LGBT+ e foram abertas nesta semana em evento por meio de um Termo de Colaboração com a Federação Sul-mato-grossense das Comunidades Terapêuticas (Fesmact). 

Ainda por meio deste termo foram renovados os contratos para a manutenção das vagas e o repasse das verbas. De acordo com o publicado no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande), ao todo, foram distribuídos R$ 4,9 milhões, o que dá R$ 1,3 mil por vaga. 

Em relação à efetividade do tratamento, a pasta aponta que a efetividade do tratamento, que dura de seis a nove meses, não é 100% porque muitas pessoas encaminhadas para as clínicas acabam não o concluindo. 

A secretaria esclarece que a internação não pode ser compulsória e ninguém pode obrigar o usuário a permanecer até a conclusão do prazo na clínica e isso colabora com o índice de eficácia baixo.

Por outro lado, não há planos para tornar o acolhimento mais atrativo para quem quer sair do vício em drogas, já que a prefeitura entende que a responsabilidade é toda do paciente, que precisa fazer com que a intervenção gere resultados. 

Já sobre a quantidade de vagas oferecidas, a pasta afirma ser suficiente, já que, de acordo com ela, nem todas as pessoas abordadas nas ruas por meio do Serviço Especializado de Abordagem Social da Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS) aceitam o acolhimento e algumas que vão para as clínicas acabam desistindo e deixando vaga para outras pessoas. 

“Dificilmente alguma pessoa não consegue uma vaga em uma das comunidades. Muitos dos usuários não querem ajuda e a internação não é obrigatória, tem gente que entra hoje e amanhã volta para a rua e acaba sobrando vaga”, destaca a SDHU. 

Nas comunidades terapêuticas, os acolhidos passam por acompanhamento psicossocial, tratamento terapêutico, qualificação profissional e também podem estudar por meio de apoio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), que oferta turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA). 

As comunidades terapêuticas que receberam verbas municipais são: Desafio Jovem Peniel, Associação de Reabilitação Parceiros da Vida (Esquadrão da Vida), Centro de Apoio a dependentes em Recuperação Integrada (CADRI), Associação de Reeducação Social e Reintegração no Trabalho (Projeto Jaboque), Associação Nova Criatura, Comunidade Terapêutica Antônio Pio da Silva (COMTAPS), Centro de Reabilitação e Tratamento para Dependentes Químicos Alcoolistas e Familiares (CERTA), Instituto Mulheres que Transformam, Projeto Simão, Comunidade Cristã Caminho da Recuperação e Comunidade Terapêutica Nova Vida.

Conteúdo retirado do Correio do Estado.

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