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Capital amplia medidas de segurança nas escolas e vai implantar o botão do pânico

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Governo do Estado lança, nesta quarta-feira, plano para conter onda de ameaças nas escolas de MS

Os casos de ameaças nas escolas vêm crescendo a cada dia. Diante do cenário de medo vivenciado pelos alunos e pelos profissionais da educação, a prefeitura de Campo Grande publicou ontem (11), as novas medidas de prevenção e controle, que serão desenvolvidas nas unidades municipais, tais como reforço no policiamento e instalação do botão do pânico. 

Conforme o comunicado divulgado nas redes sociais da Semed (Secretaria Municipal de Educação), as medidas serão aplicadas em conjunto com as equipes da GCM (Guarda Civil Metropolitana), dentre elas estão: dez veiculos colocados à disposição das unidades escolares, divididos nas sete regiões; botão do antipânico, disponibilizado para contato com a Guarda Municipal; reforço no efetivo da Guarda Municipal, com instalação de câmeras de segurança, trancas e alarmes; remanejamento de 89 guardas para atender às escolas durante o período de aulas e o chamamento de 109 guardas municipais, para ajudar no efetivo. 

Além disso, o comunicado ainda ressaltou que as escolas de maior risco já foram mapeadas pela prefeitura e estão sendo monitoradas. Ao jornal O Estado, o vereador Beto Avelar (PSD) pontuou que outras medidas também estão sendo estudadas pela Prefeitura de Campo Grande, visando o programa Escola Segura Família Forte; Programa de Resistência às Drogas e à Violência/Proerd; Programa Justiça Restaurativa nas Escolas; Programa Proeseg com a Guarda Civil Metropolitana; programa Valorização da Vida, com apoio de psicólogos; Projeto Acolhida (que atende aos alunos cujos familiares foram vítimas de homicídio), classificados como Mapeamento de Risco. 

Para o vereador, todas as medidas citadas vêm de encontro com a tamanha necessidade de segurança para as crianças. “Já tínhamos algumas medidas de segurança, mas, com essas outras adotadas, de forma urgente, pela prefeitura, será para potencializar a questão da segurança nas escolas, do administrativo e, de certa forma, tranquilizar um pouco, os pais. É fato que, mesmo com todas essas medidas, que juntas podem funcionar muito bem, ainda assim temos a preocupação com as  crianças e com todos os envolvidos. Mas, já é um grande começo. É disso que precisamos, agir”, ressaltou.

Rede particular

Falando sobre as escolas privadas, segundo o presidente do Sinepe-MS (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de Mato Grosso do Sul), Audie Andrade Salgueiro, as ações de segurança nas escolas particulares caminham por outro lado. “Cada instituição, no caso, os colégios particulares, tem seu protocolo de segurança. Portanto, cabe a eles ter o controle dessa questão. São muitas instituições, com várias realidades distintas”, pontuou. 

O Sinepe tem buscado alternativas para potencializar a segurança nas escolas. “Temos reunião marcada para esta semana, com a PM, responsável pelas rondas nas escolas. Estamos aguardando agenda do comando, para discutir todas as medidas cabíveis”, concluiu.

Medidas estaduais

Em Mato Grosso do Sul, os mais recentes “avisos de violência” foram registrados no interior do Estado, como as cidades de Aquidauana, com um recado escrito no muro de uma escola, e em Bonito, no polo da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). 

Buscando conter a situação, o Plano de Segurança nas Escolas de MS será lançado oficialmente hoje (12). De acordo com o governo, o projeto deve englobar uma série de ações, como resposta rápida aos recentes incidentes em unidades escolares. 

Recentemente, o governador do Estado, Eduardo Riedel, visitou o Centro de Monitoramento das Escolas da Rede Estadual de Ensino, na Capital. O local tem o controle, em tempo real, das unidades que já dispõem de câmeras e sistema eletrônico. O número de unidades monitoradas deve chegar a quase 300 escolas, ainda neste mês. Uma das principais ações em execução é o programa “Escola Segura Família Forte”, realizado pelo governo, por meio da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) e da PM (Polícia Militar), que atende 128 escolas da Rede Estadual de Ensino e da Rede Municipal de Ensino de Campo Grande, desde o início de março deste ano e que deve atender, aproximadamente, 100 mil alunos dos ensinos fundamental e médio da Capital. 

“Uma operação moderna, extremamente digital, em que estamos concluindo, neste mês de abril, 298 escolas neste sistema, das 348 que o Estado tem. Esta é uma maneira de monitorar todas as unidades. O tempo de respostas das equipes é de cinco minutos, até a escola. Estamos buscando um ambiente cada vez mais seguro, aos alunos e professores”, destacou Riedel.

O centro conta com 10 salas e 240 funcionários. Ela funciona 24 horas por dia. O monitoramento das escolas é feito em quatro turnos de funcionários. Também, dispõe de uma sala de tecnologia, que cuida das condições das câmeras, identificando defeitos ou mau funcionamento dos aparelhos.

Conteúdo retirado do O Estado.