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Com 20 crianças na fila por UTI, Capital terá máscara nas escolas para frear crise

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(MARCELO VICTOR)
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Alta em casos de doenças respiratórias em crianças exige uso de máscara por professores, diretores e equipe escolar do município

A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) decidiu, em reunião com o Centro de Operações de Emergência em Saúde (Coes), pela volta do uso de máscaras por professores, diretores e equipe escolar.

A medida de segurança é uma tentativa de frear o aumento no número de casos de doenças respiratórias, que causou a superlotação de leitos pediátricos de Campo Grande.

O secretário de Saúde, Sandro Benites explicou que, só no último fim de semana, foram atendidas 5 mil crianças com sintomas de doenças respiratórias, e, até o momento, cerca de 20 delas aguardam transferência de leito.

“Fizemos uma tentativa direta com o Hospital Universitário, abrindo mais dois leitos na unidade de terapia intensiva [UTI] pediátrica e na enfermaria. No Hospital Regional, tivemos o aumento de dois leitos na UTI pediátrica, outros cinco leitos dentro do pronto-socorro e mais três leitos na enfermaria”, informou Benites.

De acordo com dados divulgados pela Sesau, foram registradas 602 internações por doenças respiratórias durante as sete últimas semanas em Campo Grande, sendo 70% dos pacientes crianças. Segundo a secretaria, o cenário é atípico, por isso o Coes foi acionado.

Benites detalhou ainda que ficou decidido a volta do uso de máscaras, porém, restrita aos professores, diretores e equipe escolar.

“O uso de máscara fica obrigatório para professores e diretores em todas as escolas e creches. Já os alunos, pelo nosso entendimento, não têm condições de usar máscara no momento”, afirmou o secretário.

Além disso, está sendo estudada a possibilidade de compra de, no máximo, 10 leitos pediátricos de UTI e até 30 leitos clínicos distribuídos em vários hospitais, dependendo da quantidade que cada instituição tiver a oferecer.

A Sesau informou também que houve uma convocação de médicos pediatras no dia 6, no entanto, todo profissional do cadastro temporário aprovado em concurso já está apto para atender as crianças que apresentarem sintomas da síndrome respiratória aguda grave (SRAG).

A Sesau notificou que, até o momento, foram registrados quatro óbitos por vírus sincicial respiratório (VSR) neste ano, sendo três crianças menores de um ano e um homem entre 30 e 39 anos de idade.

As propostas foram discutidas em reunião ontem. Entre as prioridades, estava o uso de máscaras nas escolas, a negociação de leitos de pediatria com a Santa Casa de Campo Grande, a capacitação de médicos e enfermeiros e a elaboração de orientações preventivas sobre a transmissão de doenças respiratórias.

VACINAÇÃO

A campanha de vacinação contra a gripe em Campo Grande foi antecipada para  a semana passada, em razão do aumento dos casos de síndromes gripais na região.

Conforme a Sesau, é esperada a aplicação de dose em cerca de 200 mil campo-grandenses, que fazem parte dos 18 grupos prioritários.

Segundo dados da secretaria, até a última semana, 19,67% das mais de 57,4 mil crianças entre seis meses e menores de cinco anos receberam a vacina da gripe neste ano, totalizando 11.295 aplicações.

De acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde, Veruska Lahdo, o objetivo da antecipação, além de tentar controlar o avanço das doenças respiratórias, foi aumentar a cobertura vacinal.

“Essa medida visa tentar aumentar a cobertura, já que, muitas vezes, a gestante, por exemplo, levava o pai ou a mãe idosos para se vacinar e tinha com ela uma criança com até cinco anos, porém, a aplicação da dose não estava disponível nem para ela nem para a criança, então acabavam não retornando à unidade”, explicou Lahdo.

Na última campanha, a cobertura foi muito abaixo do recomendado pelo Ministério da Saúde, que é de pelo menos 90% para cada um dos públicos. No ano passado, apenas 43,4% de todo o público-alvo buscou a vacinação.

CRIANÇAS

Em vista do atual quadro da população infantil, o pesquisador e coordenador do Infogripe, Marcelo Gomes, orienta que, se a criança estiver com sinal de infecção respiratória, o ideal é não enviá-la para escola ou creche.

“Assim, podemos tentar frear a disseminação de vírus respiratórios em crianças”, alertou o especialista.
Gomes chama atenção também para o grande porcentual de crianças que, até o momento, não foram vacinadas contra a Covid-19 no País.

Conteúdo retirado do Correio do Estado.

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