Wilson Nonato Rabelo Sobrinho, de 30 anos, ainda aguarda atrás das grades as condenações por outras cinco acusações de estupro de pacientes que tramitam na Justiça de Mato Grosso do Sul
O fonoaudiólogo Wilson Nonato Rabelo Sobrinho, de 30 anos, foi condenado a 25 anos de prisão pelo estupro de um paciente, de 8 anos, durante sessões de atendimento em uma clínica de Campo Grande. O acusado ainda será julgado pelo abuso de outras 5 crianças.
Na decisão, o juiz Robson Celeste Candeloro, da Veca (Vara Especializada em Crimes Contra a Criança e o Adolescente) sustentou que não resta dúvida sobre a autoria de Wilson no crime de estupro de vulnerável, uma vez que o próprio acusado confessou o crime em juízo.
Ainda que não houvesse a confissão do réu, explicou Robson Celeste, o depoimento da vítima e familiares além dos elementos probatórios levantados pela Polícia Civil já seriam o suficiente para embasar a sentença condenatória.
Na condenação, o juiz Robson Celeste manteve a prisão do fonoaudiólogo enquanto as outras cinco acusações tramitam na Justiça de Mato Grosso do Sul.
Desde que os casos vieram à tona, há pouco mais de um ano, Nonato segue preso no Ptran (Presídio de Trânsito), localizado no complexo do Estabelecimento Penal “Jair Ferreira de Carvalho” , a Máxima de Campo Grande, no Jardim Noroeste.
Acusações
Wilson Nonato foi preso em flagrante no dia 9 de março de 2022 e teve a prisão convertida em preventiva no dia seguinte, após o menino, de 8 anos de idade, denunciar os abusos sexuais – que se repetiram por no mínimo 10 vezes – no consultório onde o profissional atendia, localizado no Centro de Campo Grande.
Após este caso ser descoberto, famílias de outros pacientes começaram a procurar a polícia para investigar se os filhos também tinham sido vítimas e outros casos foram confirmados.
As investigações sobre os casos de violência sexual contra crianças cometidos pelo suspeito indicam que ele escolhia as vítimas mais vulneráveis para cometer os abusos em uma tentativa de ficar impune.
Durante as investigações a polícia descobriu imagens de abuso sexual infantil no celular do fonoaudiólogo, não de pacientes dele, mas de outras crianças.
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