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Postos de combustíveis recuam e abaixam preço da gasolina

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Reprodução - Mídia Max
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Oscilação evidencia que estabelecimentos escolhem preço do litro

Após um período em que o litro chegou a R$ 5,39, atualmente, a gasolina pode ser encontrada a R$ 4,89 em postos de Campo Grande. A situação se deve à alta competitividade do setor. 

A justificativa de quem atua no setor é que o mercado vive um momento de estabilidade de preços, tanto na Petrobras quanto nas distribuidoras, o que reflete automaticamente no preço para o consumidor final. “Aqui foi me passado que houve um incentivo fiscal para a distribuidora para, dessa forma, não haver um aumento no valor para o consumidor final. Ou seja, se não aumenta para os postos, automaticamente não iremos elevar os preços nas bombas”, explicou o gerente do posto Petro Rádio, Héliton Matos, de 38 anos. 

O responsável pelo local ainda cita a questão de concorrência como um dos fatores para a redução da gasolina, nas últimas semanas. “Viemos de um momento de alta, posteriormente uma leve queda e agora se vive uma estabilidade e, com essa tendência, a saída é acompanhar os preços para não perder clientes”, pontuou Héliton. 

Em outra região da cidade, o responsável pelo posto Bonato, localizado na avenida Gury Marques, em Campo Grande, utilizou como justificativa o repasse mais em conta das refinarias para os postos, além da competitividade. “Campo Grande é um dos lugares com maior competitividade. A briga de preço é grande e, para se manter bem na área, é necessário acompanhar os demais postos”, disse o representante do local, que preferiu não se identificar. 

Oscilação 

O cenário de oscilação evidencia que os estabelecimentos praticam o preço que quiserem. No entanto, segundo o diretor- -executivo do Sinpetro-MS (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Mato Grosso do Sul), Edson Lazarotto, a situação se deve ao mercado ser volátil. “Dependemos da Petrobras, a Petrobras depende da cotação do barril de petróleo internacional mais a variação do dólar, assim funciona a cadeia produtiva de nosso segmento, além, é claro, da forte concorrência entre postos e distribuidoras e de o mercado ser livre”, afirma. 

Em relação ao momento dos preços terem baixado, Lazarotto diz que “tudo se resume em uma forte concorrência, tanto dos postos como das distribuidoras, o que reflete em queda de preços”, complementou o titular do Sinpetro.

Preços

Uma pesquisa realizada pelo jornal O Estado em dez postos de combustíveis, em Campo Grande, aponta uma variação de 7,77% entre os locais visitados. Já o preço médio para o consumidor é de R$ 5,11, levando em conta o preço do litro da gasolina comum praticado em 10 estabelecimentos, localizados em regiões diferentes da Capital. 

O menor valor foi encontrado no posto Petro Rádio, na rua Spipe Calarge, onde o litro da gasolina é vendido a R$ 4,89, ao passo que o mais elevado está posto Shell, na rua Calógeras, a R$ 5,27. 

Em outros quatro postos, localizados em pontos diferentes, o valor chega a R$ 5,17, sendo um na Spipe Calarge, outro na avenida Gury Marques, Costa e Silva e avenida Salgado Filho. 

Em outros dois, situados na avenida Costa Silva, os valores são diferentes. Enquanto o posto Royal Fic vende o litro a R$ 5,19, o Taurus repassa o produto a R$ 5,15. Um pouco mais em conta estão os estabelecimentos da rua Padre João Cripa com a rua Marechal Candido Mariano e o da Fernando Correia da Costa com José Antônio, que comercializam o combustível a R$ 4,99.

Histórico 

Após um ano da implementação estratégica da lei complementar nº 192, com objetivo de barrar alta dos preços da gasolina ao consumidor final em todo o país, o governo federal retomou a incidência dos tributos das alíquotas da contribuição para o PIS/Pasep, Cofins e da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), no dia 1º de março deste ano. 

A princípio, os efeitos da lei se encerrariam em 31 de dezembro, contudo, durante a posse do novo presidente eleito – Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – em 1º de janeiro de 2023, o mandatário assinou MP (medida provisória), prorrogando a decisão por mais 60 dias. 

A cobrança dos dois tributos sobre gasolina e álcool ficou suspensa até 28 de fevereiro. A isenção também valia para combustíveis importados. A proposição ainda suspendeu a cobrança Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre a gasolina, pelo mesmo período. 

No dia 27 de fevereiro, o presidente decidiu voltar a cobrar os impostos federais sobre os combustíveis. Ele se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e discutiu o tema. 

O retorno da oneração sobre os produtos resultou em um amento, sendo R$ 0,02 sobre o etanol e R$ 0,47 na gasolina, valores correspondentes aos tributos, o que foi diretamente refletido sobre os preços nas bombas.

Durante este processo, a Petrobras anunciou, no dia 28 de fevereiro, uma queda no preço da gasolina e do diesel para as refinarias, deixando o preço médio de venda de gasolina A, da Petrobras para as distribuidoras, a R$ 3,18 por litro, uma redução de R$ 0,13 por litro. 

Conteúdo retirado do O Estado.