Profissionais da enfermagem voltaram ao exercício da função após decisão judicial, sendo que categoria ainda deve recorrer
Após decisão judicial a favor da prefeitura de Campo Grande, os profissionais de enfermagem da Capital suspenderam a greve iniciada ontem (27) e retomaram os atendimentos normais, entretanto, na manhã desta terça-feira (28), o que se nota nos postos da Cidade Morena são as já tradicionais longas filas de espera.
Advogado, Alisson Lunardi, de 36 anos, foi até o posto de saúde do Coronel Antonino acompanhar sua esposa, que havia chego ao local ainda às 07h.
Em entrevista ao Correio do Estado ele revela que a esposa, que apresenta um quadro de conjuntivite além de alguns sintomas de gripe, foi até a unidade de saúde para uma consulta simples e levou mais de 2h30 para ser atendida.
“Achamos que seria rapidinho, pois ela estava aqui desde as 07h… e estamos esperando até agora. 2h30 para uma consulta simples é um transtorno. E quando você olha na fila, tem gente com problema bem mais sério, além de quem deve estar aqui desde a madrugada esperando”, comenta o advogado.
No mesmo posto, a jovem de 21 anos, Milena Melo Corrêa – que atua como médica administrativa -, conta que buscava atendimento para o filho de um ano e dois meses.
“Está com muita febre e um monte de feridinha na boca, que não está conseguindo comer, mamar, nem tomar água. Cheguei 08h25 e fiquei quase 1 hora e meia esperando passar só pela triagem. É complicado, e meu filho não para quieto, está queimando de febre”, disse.
Segundo apurado pela equipe no local, o atendimento ficou lento na manhã de hoje (28) após uma senhora ser vítima de parada cardiorrespiratória. Diante disso, as forças médicas se debruçaram neste atendimento, que acabou por interromper os demais.
Conforme os presentes no local, a mesma vítima de parada cardiorrespiratória teria vindo a óbito, o que não foi confirmado.
Já na unidade de saúde 26 de agosto, um casal de idosos aposentados com mais de 70 anos, que optaram por não se identificar, disseram que foram até o local para aplicação da “bivalente”, contra a Covid-19.
Tendo buscado esse atendimento na segunda-feira (27), a greve da enfermagem foi o que motivou o retorno do casal à unidade hoje (28) pela manhã.
Segundo os entrevistados, ainda que a unidade estivesse praticamente vazia, passaram cerca de 40 minutos esperando o atendimento.
Conteúdo retirado do Correio do Estado.