Categoria, que já recusou divisão em três parcelas, espera receber em no máximo duas vezes mas fica “refém” de decisão da Prefeitura
Depois de batido o martelo de que os 10,39% de reajuste – previstos inicialmente para novembro de 2022 -, no salário de professores, a decisão marcada para hoje (27) se esse percentual será pago de uma vez ou parcelado deverá sair só na próxima segunda-feira (30), já que a reunião foi adiada.
Como apontou o Executivo Muncipal na manhã desta sexta-feira (27), o documento que traz o projeto de pagamento do reajuste, com a redação que esclarece a divisão dos 10,39%, será entregue nas mãos do Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP).
Ainda na quarta-feira (25), a categoria – que já tinha recusado a divisão do reajuste em 3x – apontou que, no máximo, aceita o parcelamento em duas vezes, sendo por exemplo, 5% num mês e 5% no outro.
Depois de receber o documento, na próxima segunda-feira (30), a ACP deve votar a proposta da Prefeitura até quarta-feira (1º de fevereiro).
Também, já havia ficado esclarecido, pela secretária de Finanças de Campo Grande, Márcia Helena Hokaka, que os recursos para pagamento vêm, principalmente, de “ajustes” na máquina pública, que buscam reduzir despesas e melhorar a arrecadação.
“Desde a convocação de servidores; ajuste no quadro de funcionários; nas nossas outras despesas de contratos, revendo todos. É sempre essa balança dos índices, como compõe o aumento da receita, diminuição de despesas, a fim de compôr elas, trazendo e podendo contemplar esse um pouquinho a mais desprendido, nessa promoção da diferença dos professores”, disse a secretária.
Valores daqui para frente
Importante lembrar que, esse 10,39% faz parte da discussão sobre valores a serem acertados ainda em 2022, após instituída a Lei Municipal nº 6.796, da qual surgiu o escalonamento dos valores para que se reestabelecesse em Campo Grande a política salarial do Piso 20h da Rede Municipal de Ensino (Reme).
Sobre a cobrança de reajuste, dos 15% aprovados pelo Ministério da Educação para 2023, Gilvano complementa que primeiro será finalizado esse processo, para ainda em fevereiro discutir o calendário para os próximos dois anos.
“14,95 da recomposição do piso em 2023, faz parte do calendário, em momento nenhum ela [prefeita] se colocou contra essa situação, visto que nossa data base do ano é o mês de maio”, cita o professor presidente da ACP, Gilvano Bronzone.
Ainda, de valores do ano passado, o reajuste de 4,7891% – previsto para dezembro, a valer a partir de janeiro – não entrou na matemática acertada até agora, entretando Gilvano garante que as trativas dos valores devem continuar.
Contemplando os apontandos, professores concursados e convocados – menos os chamados “seletivos”, com contratos temporários -, Gilvano garante que a exclusão, como a dos profissionais em inatividade vista em 2022, não voltará a se repetir.
“Ficou acertado que ela continua um diálogo para discutir o calendário 2023 e 2024. Não houve, em nenhum momento, por parte do Executivo, Legislativo ou do Sindicato, qualquer hipótese de não contemplar um segmento ou outro. Tivemos uma questão de dificuldade de atender os aposentados na proposta do executivo… mas foi superado”, finaliza Gilvano.
Conteúdo retirado do Correio do Estado.