Avenida Afonso Pena teve noite normal, exceto pela cavalaria e notória mobilização policial
Agendadas para esta quarta-feira (11), as manifestações pela “retomada do poder” fracassaram em Mato Grosso do Sul.
Sem mobilização, os atos que pretendiam dar uma resposta contrária ao resultado das eleições contaram com forte esquema de segurança e policiamento.
Em Campo Grande, a mobilização ocorreria nos altos da Avenida Afonso Pena às 18h, mesmo horário das demais capitais do Brasil.
Sem os manifestantes, o que se viu foi apenas o efetivo da Polícia Militar, (que também destacou cavalaria para a Avenida), assim como a Guarda Civil Metropolitana (GCM), que levou 30 guardas e oito viaturas para o local.
A via foi tomada pelo monitoramento policial, que se agrupou nas esquinas da Avenida, assim como se deslocou em rondas nos dois sentidos da via.
O que se viu foram apenas os populares que aproveitaram mais um dia nas instalações da Cidade do Natal, instalada no mesmo local previsto para os atos.
Cabe destacar que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou também nesta quarta-feira (11) que as autoridades públicas de todo o país impedissem qualquer tentativa de bloqueio de vias públicas ou rodovias.
A proibição se estende aos bloqueios ou invasões que interrompam o tráfego em prédios públicos ou o acesso a esses edifícios.
O plenário virtual da Corte deve julgar ainda nesta quinta se mantém a decisão individual do ministro. Marcado para a 0h, o termina às 23h59.
A decisão prevê multa de R$ 20 mil para pessoas físicas e R$ 100 mil para empresas que descumprirem essas ordens.
Nacional
Segundo informações da Folha, os atos antidemocráticos também não tiveram expressão em Brasília e na cidade de São Paulo.
Na Capital do país, oito pontos foram bloqueados ao longo da Esplanada dos Ministérios e até a Praça dos Três Poderes. Carros da Polícia Militar e da Força Nacional estiveram posicionados ao longo do Eixo Monumental, acompanhados de Polícia Montada, helicópteros e drones.
Até as 18h, horário marcado para o início do protesto organizado pelos manifestantes, nenhum foi visto no local. Apenas policiais, servidores e jornalistas estavam presentes.
Meia hora depois, um casal de manifestantes e um homem se posicionaram em frente ao Congresso. Eles ficaram até 19h15, quando foram embora.
Em São Paulo, o ato havia sido marcado para o mesmo horário, na Av. Paulista. Segundo a fonte, o policiamento foi reforçado no entorno do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Ao menos seis integrantes da cavalaria da Polícia Militar, um micro-ônibus da PM, duas bases comunitárias e viaturas comuns da polícia estavam presentes no local.
No entanto, ninguém apareceu para manifestar. Um dos policiais militares que estava no local afirmou que, por volta das 18h15, duas pessoas com bandeiras do Brasil nas costas passaram no local, mas em completo silêncio.
Conteúdo retirado do Correio do Estado.
