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MS continua a enfrentar o desabastecimento de antibióticos e não tem previsão de repor estoques

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A escassez de medicamentos persiste e a cada dia, um novo remédio entra na lista dos que estão em falta. Em Campo Grande, o problema é enfrentado desde o começo do ano, quando medicações como os antibióticos Amoxicilina suspensão, Amoxicilina 500 mg, Amoxicilina 875 mg, Amoxicilina + clavulanato e o dicloridrato de pramipexol estavam em falta, após uma crise de abastecimento durante a pandemia da COVID-19.

Com esse cenário, Mato Grosso do Sul passou a enfrentar o desfalque de alguns medicamentos por meses, tanto na rede pública, quanto na rede privada. Na lista, há remédios até para o tratamento da Doença de Parkinson.

De acordo com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) ao O Estado, os medicamentos de compostos de antibiótico têm sofrido um contingenciamento na produção. O que afeta o fornecimento, não apenas no Estado, mas em todo o país. Fator principal para o desfalque em ambos os setores, público e privado. 

“A Sesau informa que atualmente, o estoque de medicamentos, materiais e insumo da Rede Municipal de Saúde está mais de 85% abastecido. Existem algumas faltas pontuais de alguns itens específicos em razão da indisponibilidade de matéria prima, atraso na  entrega por parte do fornecedor ou pedido de realinhamento de preço, além de outros entraves no processo licitatório. Cabe esclarecer que todas as condutas possíveis são adotadas pela gestão a fim de assegurar que não haja prejuízo quanto à assistência prestada à população. Inclusive, o Município tem ajuizado ações contra os laboratórios que eventualmente apresentam problemas no fornecimento”, destacou em nota.

Segundo a conselheira do CRF/MS (Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso do Sul), Marianne Marks, a problemática se dá desde o começo da pandemia, devido os insumos serem importados da China e dos EUA. “Essa situação ainda não normalizou. Não é um problema pontual, às vezes falta um tipo de medicamento, depois outro. Esses medicamentos, amoxicilina por exemplo, demoram pelo menos três meses para chegar ao Brasil, então assim que chegam, vão para produzir e ao abastece as unidades de saúde, logo acaba. Com isso voltamos ao ciclo novamente, mais três meses até chegar ao país”, explicou

Ainda conforme a farmacêutica, as faltas também se dão ao forte fluxo de vendas emperíodos festivos, como o atual. “Nessa época do ano as pessoas vão viajar e compram por precaução, tem também a questão que as indústrias param para as comemorações de fim de ano, então são vários os fatores que colaboram para que a falta esteja em destaque. Os medicamentos de uso contínuo estão tendo abastecimento normal, já a classe de antimicrobianos das amoxicilinas estão realmente em falta, e não tem previsão de retorno, devido a essa falta de matéria-prima que enfrentamos nos últimos tempos”, finalizou Marianne Marks. 

 Farmácias seguem sem previsão de regularização 

Atualmente, faltam alguns tipos de antibióticos de uso pediátrico e adulto nas principais farmácias da Capital. A reportagem do O Estado entrou em contato com algumas das drogarias e atendentes disseram que a procura é grande por amoxicilina, azitromicina, clavulanato, e ainda que há falta de estoque. Muitos deles, sem previsão para a regularização.

“Sabemos que se trata de uma falta nacional, e isso preocupa. A indústria farmacêutica ainda passa por incertezas, sem saber ao certo quando a situação deve ser estabilizada de fato. Estamos trabalhando com os medicamentos que temos e orientando que os consumidores passem pelo médico para que seja feita uma substituição de receita, se necessário. Outro fármaco em falta é a azitromicina”, relatou atendentes à reportagem.

Para suprir a falta dos antibióticos procurados, uma das alternativas tem sido a prescrição de outras receitas, nas diferentes apresentações e posologias, profissionais tem optado por orientar aos pacientes, ou pais das crianças, a pesquisar nas farmácias a disponibilidade de um medicamento alternativo. 

Conteúdo retirado do O Estado.

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