a

Campo Grande Post

Search

TJMS nega ‘tarifaço’ em bancos e fala em corrigir ‘injustiças’ com dinheiro público

Picture of Informativo

Informativo

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram

Judiciário diz que pedidos de buscas de bens são bancados pelo povo

Tribunal de Justiça do MS negou, nesta terça-feira (20), por meio da Corregedoria-Geral, que projeto enviado para a Assembleia Legislativa, tenha intenção de promover um ”tarifaço” contra instituições financeiras. O Poder Judiciário reflete que apenas quer corrigir injustiças com o dinheiro público, com relação aos pedidos de bancos. 

Na nota, o TJ nega que a criação de cobranças, para pedidos de advogados que defendem instituições financeiras, tenha o condão de favorecer o Tribunal. O Judiciário explica que, sobretudo os bancos, recebem um serviço da Justiça, praticamente de forma gratuita e isso onera os cofres públicos. 

O exemplo dado, neste caso, é de pedidos de advogados que representam bancos, para que juízes, ao longo do ano, determinem buscas de bens no sistema, em desfavor dos réus nas ações. E isso tem consequências negativas. 

”O juiz pára a sua atividade jurisdicional-fim para atender essas solicitações de banco, deixando de lado outras atividades essenciais. Isso é a custo zero porque o banco, que pagou as custas iniciais há 10 ou 15 anos, já não paga absolutamente mais nada para essa pesquisa”, diz trecho da explicação. 

Na nota, o Tribunal questiona se é justo que a sociedade arque com essas despesas. 

”Não seria mais justo que o banco pagasse, a cada solicitação de busca de ativos financeiros, um determinado valor, a exemplo do que ocorre com seus clientes?”, questiona novamente o texto do TJMS. 

O Tribunal detalha que o aumento proposto atinge o serviço de pedido de ”busca e apreensão em alienação fiduciária, contratos bancários e seguro” e que esse formato de cobrança não é novidade nos estados, sendo o Rio de Janeiro uma unidade da federação que adotou a medida, recentemente. 

Custos

Outra justificativa para o projeto, é que o Poder Judiciário necessita de recursos para atender a súplica da sociedade por uma boa prestação do serviço judicial e que o Tribunal vem promovendo melhorias. 

”Nesta gestão o Tribunal nomeou 27 novos juízes (mais 10 para o próximo concurso, edital em janeiro); nomeou quase 300 novos analistas judiciários. Há necessidade de instalar novas unidades jurisdicionais, inclusive a Justiça 4.0 por indicação do CNJ”, segue a explicação da Corte. 

A cobrança, segue o TJ, não produzirá prejuízos em desfavor daqueles que têm menos condições de arcar com as despesas judiciais. Basta que a parte comprove a hipossuficiência. 

”Todos sabem o volume de demandas que tramitam sob o pálio da gratuidade. Só um pequeno grupo de advogados, nestes últimos 3 anos, ingressou com mais de 137.000 ações (e ainda continua entrando), tudo de forma gratuita. É a sociedade que paga a conta. Logo, precisa o judiciário de receitas, para os serviços que virão, sob pena de diminuir a máquina estatal”, garantiu o Tribunal. 

Conteúdo retirado do TopMidia News.

Siga nossas Redes Sociais