Investigação aponta que os conselheiros eram parte de esquema que fraudava processos licitatórios
Depois de enfrentar uma nebulosa manhã, nesta quinta-feira (8) com o afastamento de três conselheiros, incluindo o presidente da corte fiscal e o corregedor, por corrupção, o comando do TCE (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul) anunciou que o vice-presidente Jerson Domingos é quem vai chefiar o tribunal.
“Em função de decisão do Ministro do Superior Tribunal de Justiça, Francisco Falcão, o conselheiro Jerson Domingos assume, interinamente, a presidência do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul nesta quinta-feira, 8 de dezembro de 2022”, diz a nota emitida pela assessoria de imprensa do TCE.
Diz também o comunicado: “Ainda hoje o presidente, conselheiro Jerson Domingos, deve se reunir com os demais conselheiros e diretores da Corte de Contas para deliberações”.
Na nota, contudo, o tribunal não menciona uma sequer linha sobre a operação deflagrada na manhã desta quinta-feira (8), pela Polícia Federal que afastou três dos sete conselheiros da corte.
Decisão judicial, assinada pelo ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Francisco Falcão, devido ao esquema de licitação fraudulenta, determinou o afastamento do presidente do TCE, Iran Coelho das Neves e outros dois conselheiros, Waldir Neves Barbosa e Ronaldo Chadid. O trio, conforme a decisão, será monitorado por tornozeleiras eletrônicas.
A operação, batizada de Terceirização de Ouro, envolveu, além dos investigadores da PF e também da Receita Federal e Controladoria Geral da União.
Os investigadores informaram até agora que a trama conta com a participação de servidores públicos implicados no desvio de recursos públicos, direcionando contratos e através de processos licitatórios fraudulentos.
Os cargos dos conselheiros do TCE são vitalícios e os salários deles superam a casa dos R$ 30 mil.
O TCE só existe justamente para evitar que os recursos públicos sejam desviados.
Conteúdo retirado do Correio do Estado.