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Afastamento de membros do TCE-MS investigados por corrupção deve durar 180 dias

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Corredores do Tribunal de Contas do Mato Grosso do Sul. - Reprodução
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Ao Correio do Estado, o advogado do então presidente disse que a decisão foi recebida com surpresa pelo seu cliente

O presidente no Tribunal de Contas (TCE-MS), Iran Coelho das Neves, e os conselheiros Waldir Neves Barbosa e  Ronaldo Chadid ficarão suspensos de suas funções no Tribunal por 180 dias, isto é, seis meses. Assim, se voltarem a ocupar os respectivos cargos isso só vai acontecer em junho de 2023.

Ao Correio do Estado, o advogado André Borges, que representa Iran Coelho, afirmou que ainda não teve acesso à decisão, mas que o até então presidente do TCE-MS ficou muito surpreso com a suspensão.

O advogado ainda disse que se a operação feita nesta quinta-feira (8) tiver relação com operação feita em junho de 2021, denominada Mineração de Ouro, Iran Coelho das Neves não tem envolvimento no esquema de corrupção que está sendo investigado.

“Ele [Iran] ficou muito surpreso com a decisão, não sabemos ainda o teor disso. Se for a continuidade das buscas de um ano atrás ele não teve participação”, afirmou Borges.

A operação a qual o advogado se refere foi desencadeada pela Polícia Federal (PF) em 09 de junho de 2021, com buscas em endereços ligados a Osmar Jeronymo, Waldir Neves e Ronaldo Chadid.

À época, os conselheiros do órgão estavam sendo investigados por peculato, corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

A operação também mirou fraudes relacionadas a licitações com vendas de  decisões, desvio de verbas, contratação de funcionários fantasmas e enriquecimento ilícito. 

 OPERAÇÃO TERCEIRIZAÇÃO DO OURO 

Deflagrada na manhã desta quinta-feira (8) pela Polícia Federal, a Operação Terceirização do Ouro fez buscas que miravam o então presidente do Tribunal de Contas de MS (TCE-MS), Iran Coelho das Neves, Waldir Neves Barbosa e Ronaldo Chadid, que eram conselheiros do órgão. 

De acordo com as investigações, os três faziam parte de um esquema de desvio de dinheiro por meio de licitações fraudulentas. Além deles, outras pessoas também foram alvos da investigação, mas tiveram seus nomes preservados. 

Conforme divulgado pela Receita Federal, que também fez parte da operação, foram apreendidos mais de r$ 1,6 milhão em dinheiro vivo em um dos endereços onde aconteceram as buscas. Também foram encontrados valores em moedas internacionais. 

O esquema era orquestrado por meio de uma empresa que apresentava uma licitação fraudulenta, que era direcionada por servidores do órgão que, por sua vez, transformaram o documento em um licitação para prestação de serviços de informática. 

Entre as estratégias usadas estava a velocidade incomum para as tramitações, exigência por uma qualificação desnecessária, bem como a contratação de serviços diferentes em um mesmo processo. 

“Os valores foram creditados em contas de outras pessoas jurídicas, porém, sem quaisquer contrapartidas fiscais que pudessem justificar tais depósitos. A ocultação do destinatário desses valores foi facilitada pela realização de saques em espécie sem a rastreabilidade dos favorecidos, dificultando a identificação do caminho do dinheiro”, explica a Receita.

Além de Campo Grande, a operação acontece também em Brasília (DF); Miracema (RJ); São Paulo (SP); e Porto Alegre (RS), sendo expedidos 28 mandados de Busca e Apreensão, cinco afastamentos e o mesmo número de monitoramentos por tornozeleira eletrônica.

Conteúdo retirado do Correio do Estado.

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