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Manifestantes do interior do Estado chegam ao CMO para somar esforços

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Participantes de Corumbá, Rio Negro e Coxim já estão apoiando a mobilização

Conforme já adiantado na edição de ontem (29), pelo jornal O Estado, o grupo de manifestantes que se encontra desde o dia 31 de outubro na frente do CMO (Comando Militar Oeste) começou a ganhar o apoio de outros participantes do interior de Mato Grosso do Sul. Com uma paralisação nacional prevista para acontecer a partir do dia 1º de dezembro, os protestantes destacam que vieram para somar forças no ato contra o resultado das urnas.

Na tarde de ontem (29), o jornal O Estado esteve na mobilização em frente do CMO e conversou com alguns dos participantes que vieram de outras cidades do Estado. A expectativa é de que a Capital receba manifestantes de Coxim, Maracaju, Dourados, Ladário, Miranda e Chapadão do Sul nos próximos dias.

Um deles foi um comerciante que optou por não se identificar e que veio de Rio Negro. Ele informou que, após ficar 28 dias na cidade de Coxim, veio para Campo Grande para apoiar o movimento com foco na paralisação nacional.

“Ficamos em frente do quartel de Coxim por 28 dias, alguns companheiros foram para Brasília, outros ainda vão nesta semana e alguns como eu, optamos por vir para Campo Grande apoiar a paralisação”, destacou.

Já outros estão desde o dia 1º no ato, como um engenheiro de Corumbá. Segundo ele, os manifestantes do interior têm Campo Grande como referência e reforça que a luta é pela intervenção federal nos próximos dez dias.

“O que acontece é que o Brasil está parando por conta da situação que estamos vivendo, o Brasil está sem lei e sem ordem. As ocorrências que estão acontecendo estão sendo orgânicas. Ainda não temos um registro de quantas pessoas podemos reunir, somos contra fechar as estradas, a direita trabalha de uma forma diferente, entendemos que o povo é o dono do Brasil. E acredito que as Forças Armadas devem intervir para restabelecer a lei e a ordem. Vamos ficar na rua até que as coisas sejam resolvidas”, pontuou.

Vale destacar que todos os municípios estão sendo convocados para virem até a Capital, se concentrarem em frente do CMO. A paralisação deve durar do dia 30 de novembro até o dia 10 de dezembro, e de acordo com apoiador pode atingir alguns serviços essenciais como o abastecimento dos postos de gasolina, tendo em vista que os caminhoneiros afirmaram que vão aderir ao ato.

Protestantes marcam presença em sessão da Câmara Municipal

Um grupo de manifestantes ocupou as cadeiras da Câmara Municipal na manhã de ontem (29), protestando contra a votação do projeto de lei que visa incluir o ensino sobre história de mulheres como conteúdo transversal em disciplinas curriculares das escolas da Reme (Rede Municipal de Ensino).

O projeto de lei seria votado na Câmara Municipal na sessão dessa terça-feira (29), mas o presidente da Câmara, vereador Carlão, optou por adiar a sua votação para que alguns termos sejam revistos e não fiquem dúvidas a respeito do real objetivo do PL. Os protestantes alegam que o projeto de lei proposto busca a implementação de ideologia de gênero nas escolas, aulas de feminismo e sobre legalização do aborto.

O clima esquentou em vários momentos da sessão ordinária, como quando o vereador Professor André leu uma página do documento e se dirigiu aos manifestantes como “ignorantes” e que não sabiam ler, e que não estavam sabendo interpretar o que dizia o projeto.

Um dos participantes afirmou ao jornal O Estado que estavam na Câmara para marcar presença e mostrar a força que o movimento tem. Ele explicou que não serão calados e continuarão indo até as sessões. Munidos com cartazes com os dizeres “Mudaram a data, mas estamos de olho”, “Doutrinação nas escolas, não!”, “O Brasil é democrático e não comunista/socialista”, a afirmação principal é a luta pelo futuro do país.

Outra manifestante destacou que a manifestação não é por Bolsonaro e sim pelo país. “Nós somos trabalhadores, mães de família e queremos um futuro certo para o nosso país, somos muito unidos lá no CMO, todo mundo ajuda todo mundo, é uma coisa bonita de se ver e vamos permanecer”, finalizou.

Conteúdo retirado do O Estado.