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Reunião de emergência define liberação de dois dias para comércio exterior entre Brasil e Bolívia

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Caminhões em Corumbá e Puerto Quijarro estão parados desde 21 de outubro por conta de manifestação no país vizinho

A Associação de Transporte Pesado, em Arroyo Concepción (Bolívia), realizou reunião de emergência com autoridades brasileiras de Mato Grosso do Sul e houve acordo para que o bloqueio na fronteira seja suspenso temporariamente para a entrada de caminhões no país vizinho, bem como o processo de importação brasileira.

Essas medidas vão acontecer nesta quinta-feira (17) e sexta-feira (18). Não há definição se haverá outra liberação de acesso a cargas nas próximas semanas.

A fronteira do Brasil com a Bolívia, em Corumbá-Puerto Quijarro, está fechada desde a noite do dia 21 de outubro devido a protestos que Comitês Cívicos realizam para pressionar o governo federal boliviano para realizar o censo demográfico em junho de 2023.

O Executivo no país vizinho alega falta de condições logísticas e técnicas para conseguir realizar esse procedimento ano que vem e postergou para 2024.

Conforme acordado após reunião realizada nesta quarta-feira (16), caminhões que estão no Porto Seco da Agesa, em Corumbá, vão poder seguir para a Bolívia entre 8h e 12h.

Nesta sexta-feira (18), os veículos com carga parados em Puerto Quijarro, Puerto Suarez e Arroyo Concepción podem entrar no Brasil entre 4h e 9h.

Para haver esse acordo, houve encontro de Angel Saavedra, presidente da Associação de Transporte Pesado que atua nessa região de fronteira, além do vice-presidente Ronald Lino.

O secretário estadual da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, discutiu a situação com os sindicalistas em reunião virtual.

“Fiz reunião virtual com autoridades bolivianas. Temos que avançar na liberação. Os impactos sociais e econômicos para Brasil são grandes. Estamos organizando uma reunião em Corumbá na próxima semana entre o Brasil e Bolívia”, apontou o secretário.

Na semana passada, o setor consular da Bolívia no Brasil foi consultado sobre a situação e houve início de tratativas para que houvesse essa reunião, realizada nesta quinta-feira.

A estimativa da Receita Federal é que a fronteira fechada representa em cerca de R$ 45 milhões de comércio exterior que deixa de ser feito na região.

Conforme publicado pelo Correio do Estado, nos 16 dias úteis de paralisação, o prejuízo para o comércio exterior foi de R$ 720 milhões.

O Porto Seco da Agesa é o principal do Centro Oeste. Para o Brasil, a região é entrada de fertilizantes.

Conteúdo retirado do Correio do Estado.