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Aumento do dólar freia movimento na fronteira com MS

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Moeda americana encerrou sessão com alta de 0,37%, a R$ 5,40

Nos últimos dias, o dólar tem apresentado alta, fator que influência nas atividades comerciais realizadas na fronteira do país, como é o caso do Paraguai, que faz divisa com Mato Grosso do Sul. Ontem (17), o dólar encerrou em R$ 5,40, alta de 0,37%. A moeda norte-americana vem se concretizando como o maior patamar dede julho deste ano. Iniciando a semana, a moeda fechou em R$ 5,2993, em queda de 0,66%, na última segunda-feira (14); na terça-feira (15), feriado da proclamação da República não teve cotação. Na quarta- -feira (16) ficou em R$ 5,3806, alta de 1,53%.

De acordo com o dirigente da Câmara de Indústria, Comércio, Turismo e Serviço de Pedro Juan Caballero, Khalil Hage, o aumento da moeda não é positivo para o setor. “A alta significativa, diferente da que ocorre, gera prejuízos, pois assusta os consumidores que não veem atrativo em adquirir produtos com o dólar nas alturas.”

Ainda segundo o titular, no entanto, ainda não há grandes reflexos sobre a atividade no comércio da região fronteiriça do Brasil com o Paraguai. “De certa forma, aqui na fronteira, essa oscilação ainda não interferiu no fluxo do comércio, já que a variação não foi significativa e estamos acostumados a operar com a inconstância do câmbio”, relata.

Para o empresário de Pedro Juan Caballero Victor Hugo Barreto, o cenário é negativo para o comércio fronteiriço. “Quando o dólar está alto, o real valorizando, o negócio é muito ruim, é complicado. Os produtos importados ficam caros, então para o brasileiro não compensa comprar aqui, já que os eletrônicos ficam mais baratos no Brasil”, afirma.

Reflexo

Conforme a Folhapress, a oscilação do dólar acontece em resposta às propostas do novo governo quanto ao teto de gastos, para cumprir promessas de campanha, como é o caso da manutenção de benefícios assistenciais, especificamente o Bolsa Família, assim como o reajuste no salário-mínimo acima da inflação.

Durante encontro com ONGs, ontem (17), o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), defendeu furar o teto de gastos como uma espécie de “responsabilidade social”, se referindo ao financiamento de programas sociais. Já na COP27, conferência do clima da ONU que ocorre em Sharm el-Sheikh, no Egito, ele participou de uma reunião com a sociedade civil brasileira que também refletiu no mercado. “Se eu falar isso vai cair a Bolsa, vai aumentar o dólar? Paciência”, disparou Lula, completando que a flutuação dos índices não acontece “por causa das pessoas sérias, mas por conta dos especuladores que ficam especulando todo santo dia”.

Ibovespa

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou o pregão em queda de 0,49%, aos 109.702,78 pontos. O volume negociado foi de R$ 42.204.539.460. Na quarta, o índice tombou 2,58%, aos 110.243 pontos, depois de ter atingido mais de 3% ao longo do dia.

Conteúdo retirado do O Estado.