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Manifestação tem cavalo fantasiado, berrante e falso anúncio de reconhecimento de fraude

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Bolsonaristas insatisfeitos com o resultado das eleições aproveitam o Dia de Finados para manifestar

Na tarde desta quarta-feira (2), feriado nacional, data em que se comemora o Dia de Finados, manifestantes bolsonaristas deram continuidade às manifestações na Av. Duque de Caxias, em frente ao Comando Militar do Oeste.

No terceiro dia de protestos foi possível ver cavalo fantasiado com as cores da bandeira nacional, adolescente tocando berrante e manifestantes comemorando a falsa notícia de que os jornais internacionais reconheceram fraude nas urnas brasileiras.

Sirley Ratier, candidata a deputado federal em Mato Grosso do Sul pelo Progressistas, derrotada nas eleições de 2022, incentivou – em cima de um trio elétrico – os manifestantes a permanecerem no local o tempo que for necessário, e falou de uma suposta ameaça comunista.

“Nós viraremos um país comunista, tipo Argentina, tipo Venezuela, e vão consegui acabar com o nosso país, que é o que eles querem. Mas nós não vamos permitir, nunca. Nós vamos resistir”.

O que motiva os manifestantes?

O Correio do Estado esteve em frente ao Comando Militar do Oeste na tarde desta quarta-feira, para ouvir os manifestantes e entender suas motivações. Para os entrevistados, a derrota de Jair Bolsonaro (PL) no último dia 30 é a maior motivação para ir às ruas. 

No 2º turno das Eleições, Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, foi eleito novo presidente do Brasil, derrotando o atual presidente, Jair Bolsonaro. Lula recebeu 60.345.999 votos, que corresponde a 50,90%; Bolsonaro recebeu 58.206.354 votos, que corresponde a 49,10%.

Apesar da derrota nacional, em Mato Grosso do Sul, Bolsonaro recebeu a maioria dos votos (59,49%).

Lucilene, de 24 anos, e Thiago, de 30, que estavam na manifestação com a filha de 8 anos, acreditam que as urnas foram fraudadas, e não acreditam no resultado das eleições.

“Foi uma fraude, ele (Bolsonaro) é o nosso Presidente. A gente pensa nas crianças, na nossa família”, comentou Lucilene.

“Vamos virar venezuelanos aqui”, completou Thiago.

Uma manifestante – que não quis se identificar -, contou à equipe de reportagem que seu cunhado trabalha na Organização das Nações Unidas (ONU), nos Estados Unidos, e que a ideia é fazer a manifestação chegar lá. Ao ser perguntada sobre o que a ONU poderia fazer pelos manifestantes, ela respondeu: “não sei. Mas (a ONU) pode divulgar a verdade, porque a verdade não chega lá nos Estados Unidos”, completou.

Vale lembrar que as urnas são submetidas a teste de integridade, e não foi detectada fraude pela Justiça Eleitoral. No último dia 31, o Institute for Democracy and Electoral Assistance (Idea Internacional) divulgou uma nota que destaca que, apesar do contexto adverso, composto por um ambiente político complexo, com preocupações democráticas e múltiplas tensões, as eleições têm sido um trunfo fundamental para fortalecer os alicerces da democracia brasileira.

Manifestantes carregavam cartazes diversos, pedindo por contagem pública dos votos, fazendo críticas ao Supremo Tribunal Federal e até mesmo pedindo por intervenção militar. Um deles até escreveu o cartaz em inglês, a fim de internacionalizar seu pedido.

Manifestação em frente ao CMO. – CORREIO DO ESTADO

Fim das Manifestações

Ainda não existe previsão para o fim das manifestações e para que o trânsito volte ao normal na Av. Duque de Caxias.

Em entrevista ao Correio do Estado, o sargento Omais, da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul informou que o movimento não tem previsão para acabar.

“A princípio, enquanto não estiver ferindo o princípio de ninguém e não tiver incomodando ninguém, o movimento pacífico será autorizado”, afirmou.

Conteúdo retirado do Correio do Estado.

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