Decisão foi do juiz José Eduardo Cury dentro do embate sobre a fala da manga
Em mais um episódio da batalha judicial entre Tereza Cristina (PP) e Tiago Botelho (PT), o juiz do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE/MS), José Eduardo Cury, determinou que o petista perca 13 minutos do seu horário eleitoral, que será usado como tempo de resposta por Tereza. Os dois concorrem ao cargo de Senador por MS.
Em sua decisão, o juiz afirma que o petista usou a fala da candidata sobre as pessoas não passarem fome por ter muita disponibilidade de manga de forma maliciosa e com o tom difamatório para prejudicar Tereza. A afirmação, que teve bastante repercussão e gerou polêmica, foi dita enquanto ela era ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
O magistrado eleitoral considerou que a fala foi tirada de contexto porque a então ministra teria reparado o erro para desfazer a conotação inadequada que a fala poderia ter.
Em vídeo anexo ao processo, logo após falar sobre ter muita manga nas cidades, Tereza completa dizendo que “aqui nós temos miséria sim, e temos que tirar o povo da miséria”.
“Examinando a propaganda impugnada, percebe-se que a fala contém elementos suficientes à configuração de transgressão comunicativa, uma vez que se depara com inverdade inconteste e patente, o que foi reconhecido, em cognição sumária”, pontuou a decisão.
Ainda segundo relatado na decisão, cada programa de 30 segundos foi veiculado 13 vezes em diversas emissoras. Então, a candidata deve ter 13 minutos de resposta durante a campanha eleitoral de Botelho, sendo que essa resposta deve ser veiculada quantas vezes for necessário até completar o tempo determinado pelo juiz.
Como o pleito será realizado neste domingo (2), esta é a última semana que as propagandas eleitorais serão veiculadas. Dessa forma, o candidato do PT ficará sem qualquer tempo de televisão na reta final da campanha.
O magistrado que julgou o caso foi escolhido para integrar o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) no dia 26 de outubro de 2021, pelo presidente Jair Bolsonaro. Eduardo Cury ficou conhecido em Campo Grande na década de 2000 como promotor de eventos, por meio de seu apelido na época: Dadinho Cury.
Atualmente, segue carreira de advogado e está temporariamente no TRE-MS.
Conteúdo retirado do Correio do Estado.